Delcídio adia volta, nega delação e deixa foco no Conselho de Ética do Senado

Senadora de MS diz que não está constrangida

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Senadora de MS diz que não está constrangida

A volta do senador Delcídio do Amaral (PT) ao Senado aconteceria nesta terça-feira (23), mas ele anunciou que será adiada por conta de questões médicas, aumentando ainda mais a expectativa na Casa, que segundo a senadora Simone Tebet (PMDB), vive uma confusão.

Indagada sobre o clima em Brasília com a volta do senador, que ficou preso por quase três meses, a colega de bancada sul-mato-grossense do petista resumiu como confuso, visto que ninguém sabe direito qual será o destino do senador. “O foco está no conselho de ética”, apostou.

Com relação ao suposto constrangimento com a volta de Delcídio por conta da votação com a qual o Senado o manteve na prisão, Simone, uma das que disseram sim a prisão, nega. “Fiz o que precisava ser feito no momento, por mais difícil que tenha sido”, justificou.

O pedido de prisão foi avaliado pelo Senado, onde 59 colegas dele disseram sim, contra 13 que foram contra.

Conselho de ética

A próxima reunião do conselho de ética do Senado, onde tramita o processo de cassação de Delcídio, está programada para esta quarta-feira (24). Na ocasião eles votarão o pedido da defesa do senador para destituição  de Ataídes Oliveira (PSDB) da relatoria do processo. A defesa alega que por ser do PSDB, um dos partidos que pediram a cassação, Ataídes precisaria ser impedido. Caso o conselho decida  trocar a relatoria, o prazo para análise da defesa do senador será reiniciado.

A defesa de Delcídio alega que não há flagrante que justifique a prisão do senador e que a gravação teria sido obtida de forma ilegal, questionando a possível cassação sem a conclusão da ação, que pode inocentá-lo.

Apesar de apresentar a defesa, os advogados alegam que não consideram a representação contra o senador válida, visto que baseia-se, segundo a defesa, em um decreto de prisão e uma gravação totalmente irregular.

No entendimento dos advogados, a acusação deveria ter trazido outros argumentos e outras comprovações. “Aqui não se discute crime, mas a existência ou não de decoro parlamentar”, justificou o advogado Gilson Dipp, em entrevista a TV Senado. Confira mais informações no vídeo.

 

 

 

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