Eleandro Passaia foi quem denunciou suposto esquema de corrupção em

Apontado pela PF (Polícia Federal) como principal delator do esquema que resultou na , desencadeada no final de 2010 em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, Eleandro Passaia será indenizado em R$ 50 mil pela Revista Veja. A indenização foi determinada pela Justiça de São Paulo, que considerou ter a publicação ofendido o ex-secretário de Governo que denunciou o então prefeito Ari Artuzi.

Passaia foi quem detalhou ao delegado Bráulio Cesar Galloni um suposto esquema de corrupção que envolvia empresários e políticos de Dourados. As informações passadas por ele resultaram na prisão do então prefeito Ari Artuzi, do vice Carlinhos Cantor e de nove dos 12 vereadores, além de empresários e servidores públicos do município no dia 1º de setembro de 2010.

De acordo com o site Consultor Jurídico, o desembargador Rômulo Russo, relator do processo que corria na 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, votou pela condenação de Veja por considerar que a revista, “sem qualquer fundamento, de maneira leviana e caluniosa”, afirmou que Passaia “fazia parte de esquema de corrupção e que, apenas para não ser preso, delatou o esquema ao Ministério Público”.

Na avaliação do desembargador, a publicação que chegou a referir-se à Passaia como “amigo da onça” “não se trata, pois, de exercício da liberdade de expressão, mas sim de prática abusiva por meio da imprensa, em detrimento da honra do apelado, sem qualquer compromisso com a verdade”.

Os processos decorrentes da  Uragano seguem na Justiça de Mato Grosso do Sul. Prefeito de Dourados quando a polícia desencadeou a operação, Artuzi chegou a ser preso e renunciou ao cargo na cadeia. Ele faleceu no dia 23 de agosto de 2013, vítima de um câncer, enquanto ainda lutava para provar inocência. Um dias antes de morrer, obteve ganho de causa numa das ações em que era réu.