‘Comentam sem mínimo de humanidade’, diz marido de Grazielle sobre confusão
Confusão por vaga gerou tumulto na Santa Casa
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Confusão por vaga gerou tumulto na Santa Casa
Erlon Zaparolli, pai de Gabriel, de um ano de idade e marido da deputada estadual Grazielle Machado (PR) fez um vídeo de quase 40 minutos para explicar a confusão na Santa Casa de Campo Grande por causa de uma vaga. O desabafo foi publicado no Facebook do casal. “Estão querendo reduzir isso a um carro”, conta.
No vídeo, Erlon explica detalhadamente a briga que foi feita por causa do atendimento do filho do casal e diz que as pessoas estão comentando sobre o caso sem saber e “sem um mínimo de humanidade”. “Falaram que filho de político deveria morrer”, desabafa.
Ele detalha que a criança, que estava sob seus cuidados, foi levada ao Hospital da Criança para atendimento e o médico pediu para que ele fosse ou a Santa Casa ou ao Hospital Regional pela suspeita de meningite.
“Meu filho estava de olhos arregalados, nuca enrijecida e febre de 39 graus. O médico disse que era melhor ir a Santa Casa porque era mais perto, e foi quando eu me desesperei. Eu achei que era caso de emergência”.
Grazielle, que perdeu um bebê no mesmo hospital, estava em um compromisso quando foi chamada pelo marido. Ambos chegaram juntos ao local, quando o marido estacionou na entrada do Pronto Atendimento.
“Não havia placa no local falando que era reservado. Outros carros estavam ali e eu não atrapalhei a chegada de nenhuma ambulância. Mas é lógico que eu ia tirar o carro depois que o meu filho fosse atendido. Não é uma forma de pressionar, ou chantagem, ou troca, minha esposa não estava em condições de dirigir o carro. A babá que estava conosco não dirige. Eu teria que primeiro internar o meu filho para depois resolver a questão do carro. O estacionamento que tem na Santa Casa, se eu fosse muito rápido, eu levara uns dez minutos para ir lá, estacionar e voltar. Se o meu filho passasse pela triagem e não tivesse leito para internar, eu precisaria sair com ele”, explica.
Erlon acredita que o fato de Grazielle ser deputada e estar gravando no local para mostrar a situação pode ter gerado revolta no local. “Um dos seguranças começou a falar alto que ela achava que porque era deputada teria privilégio”.
Ele afirma que pegou a senha para o atendimento e estava esperando o filho ser chamado, quando o segurança percebeu que ele era o próximo e resolveu aguardar. Percebendo a confusão, Grazielle foi com o filho e a babá para o atendimento e Erlon, que estava com a certidão de nascimento da criança, foi atrás para entregar.
“Neste momento, ele me empurrou dizendo que eu não poderia entrar. Eu dise que não ia entrar, ia apenas entregar o documento, quando ele gritou e me empurrou de novo e eo o afastei com as mãos”, relata.
Três seguranças o seguraram, quando ele afirma que pode ter tentado resistir. “Recebi uma gravata dentro da Santa Casa.O rapaz que aparece na TV falando que eu o arranhei fala para quem estava me segurando: solta ele que ele vai apagar. Ele disse isso por cinco vezes, olha a situação que estava”.
Segundo Erlon, as pessoas, incitadas por um falso clima de privilégio que foi falado, começaram a ofender o casal. “Você tem mais é que sofrer mesmo”, “filho de político tem que morrer mesmo”, eram algumas das frases.
“Você já ouviu isso sobre o seu filho? Pensa você ouvir isso depois de ter passado por tudo isso. Não foi pedido privilégio para ninguém. Como você se sentiria?”, questiona. Veja o relato na íntegra:
Clique aqui para assistir ao vídeo:
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