Os pedidos foram feitos por João Carlos Krug (PSDB) e Walter Schlatter  (PMDB)

Em Chapadão do Sul, distante cerca de 300 quilômetros de Campo Grande, o clima das eleições é de ‘chumbo trocado’. Isso porque duas coligações pediram a impugnação do registro das candidaturas a prefeito na cidade.

A coligação ‘Confiança e trabalho por Chapadão’, encabeçada pelo tucano João Carlos Krug (PSDB), pediu a impugnação do candidato do PMDB Walter Schlatter, que integra a coligação “Trabalho e honestidade por Chapadão do Sul”. Walter, por sua vez, também pediu a impugnação de João Carlos. Além dele, o MPE (Ministério Público Estadual) também realizou o pedido de impugnação do candidato do PSDB.

O MPE pede a rejeição da candidatura de João Carlos por causa de um processo em que ele foi condenado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por abuso de poder político durante as eleições de 2012, motivo que também embasa o pedido de impugnação feito pela coligação de Walter Schlatter contra o tucano. João Carlos era candidato a prefeito e a administração da época era de Jocelito Krug, primo de João Carlos. O candidato teria, de acordo com a ação, se aproveitado do cargo público do primo, que utilizou da propaganda institucional para a campanha de José Carlos em uma rádio da cidade.

“Conforme pode ser observado nas transcrições feitas alhures, as propagandas institucionais veiculadas na Rádio Cultura relatam a concretização de projetos e ações pela atual administração, ou seja, resta demonstrado o uso da máquina pública, colocando os candidatos JOÃO CARLOS KRUG e VALETR TENÓRIO DA COSTA apoiados pelo gestor à época, JOCELITO KRUG, em situação de maior vantagem em relação aos demais candidatos”, afirma o TRE.

A ação do MPE se baseou na Lei Complementar nº 64/90 que discorre sobre casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e proíbe candidatos que tenham ações judiciais por abuso de pode econômico ou político de se candidatarem por oito anos.

Para o candidato tucano, a impugnação ‘não tem cabimento’. “Eles pediram baseado em uma multa anterior do candidato, é simplesmente multa, não dá impugnação. É uma tentativa de judicializar a campanha. O MPE tem hora que resolve pedir coisas que não tem cabimento”, afirmou João Carlos.

O assessor jurídico da coligação, Jefferson Elias Pereira dos Santos, afirma que o processo não aplicou multa por inelegibilidade. “Na época, o que eles alegam é condenação de uma multa por propaganda irregular, e o processo do tribunal, no acórdão, deixou claro que não estava aplicando multa de inelegibilidade”, defende.

Chumbo trocado

A ‘Confiança e trabalho por Chapadão’ de João Carlos pediu ontem (25) a impugnação do registro de Walter Schlatter (PMDB). A justificativa, de acordo com João Carlos, tem base no período de filiação partidária. Ele afirma que a coligação “Trabalho e honestidade por Chapadão do Sul”, de Walter, teria realizado filiações partidárias após o período estabelecido pela justiça eleitoral.

O jornal Midiamax tentou conversar com Walter Schlatter mas ele não atendeu as ligações.