Após 24 horas como foragido, Amorim se apresenta na Polícia Federal

Empresário será encaminhado para exames medicos 

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Empresário será encaminhado para exames medicos 

Considerado foragido desde ontem (7), o empresário João Krampe Amorim acaba de se entregar na sede da Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. A informação foi confirmada pela assessoria da PF, que também informou que o empresário será levado em instantes para exames no Imol (Instituto Médico Odontológico Legal).

Amorim teve novo mandado de prisão expedido em decorrência da terceira fase da Operação Lama Asfática, denominada Aviões de Lama. Na manhã de ontem, os federais foram até a casa do empresário e foram informados que ele estaria fora do Estado. Ao saber do mandado, Amorim já havia sinalizado que se entregaria.

Após finalizados trâmites, Amorim deverá ser transferido para o Centro de Triagem, em Campo Grande, onde já estão presos o ex-deputado federal Edson Giroto e Flavio Scrochio. O local é o mesmo em que os três passaram 42 dias e de onde saíram há pouco mais de duas semanas.

Aviões de Lama

A Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal realizam a Operação Aviões de Lama nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, com o objetivo de desmantelar grupo criminoso investigado que desviava recursos públicos de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas que resultou em crimes de lavagem de dinheiro.

Cerca de 20 policiais cumpriram 2 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de busca e apreensão de aeronaves nos municípios de Campo Grande, Cuiabá (MT), Rondonópolis e Tanabi (SP), todos expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande – Especializada em crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores e crimes contra o sistema financeiro nacional. Falta apenas cumprimento do mandado destinado ao empresário João Amorim.

O motivo do nome da operação é em razão do modo de se desfazer da aeronave, já que o grupo utilizou de recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações, recebimento de propinas e crimes de lavagem de dinheiro.

O Ministério da Transparência fez a análise dos documentos apreendidos na Fazendas de Lama, a Receita Federal rastreou o dinheiro e, assim, o grupo chegou a dilapidação do patrimônio do grupo.

Delegada adjunta da Receita no Estado, Adalgisa Fujita esclareceu que até a segunda fase foram identificados desvios de R$ 10 milhões e, após a análise dos documentos, foram identificados R$ 20 milhões em créditos – bens e dinheiro em posse dos envolvidos que não condizem com as rendas das empresas e nem dos seus salários.

Como ainda não foram analisados todos os documentos, apreendidos em grandes quantidades e que estão na sede da Polícia Federal, é possível que novas operações surjam em decorrência. “Eles burlaram a ordem econômica, dilapidando os bens que eles têm para dificultar o rastreamento”, explicou o delegado Cleo Manzzotti.

Ao todo, são analisados R$ 2 bilhões em recursos destinados ao MS Forte, programa de obras da gestão de André Puccinelli (PMDB). Desses valores, já foram detectadas fraudes em R$ 44 milhões.

 

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