Afastado da política, Delcídio se dedica às fazendas que tem em MS

Sua esposa, Maika, diz que ele não pensa em política

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Sua esposa, Maika, diz que ele não pensa em política

O ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido) não pensa em voltar à política por ora e se dedica a cuidar das fazendas que tem na região de Corumbá. Pelo menos é o que garante sua esposa, Maika do Amaral. Ao Jornal Midiamax, ela explicou que o marido, cassado no dia 10 de maio por 74 votos dos colegas senadores, não está em conversação com nenhum partido e a família reside em Campo Grande.

“Não está conversando com nenhum e nem quer”, assegurou. “Ele está com outros focos agora”, completou Maika que contou em seguida os novos afazeres do ex-petista. “Cuidar da família, cuidar das fazendas nas região de Corumbá”, nada envolvendo política porque a situação está complicada de modo geral no Brasil, explicou.

Mesmo longe dos holofotes, ela garante que o marido é procurado diariamente pela mídia internacional para comentar sobre o cenário político e econômico do País. Sobre a suposta mudança de estado, ela contou que a família nunca se mudou definitivamente de Campo Grande, mas mantêm apartamento em Florianópolis para onde sempre vão.

Passado – A vida política de Delcídio começou a mudar quando ele perdeu eleição para governador de Mato Grosso do Sul em 2014. A cúpula petista o considerava favorito, mas ele acabou indo para segundo turno com Reinaldo Azambuja (PSDB) e foi vencido.

No ano seguinte assumiu papel de líder da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), agora também afastada, no Senado. Mas em novembro passado foi preso sob acusação de tentar obstruir investigação da Operação Lava Jato.

A PGR (Procuradoria-Geral da República), o acusou de tentar dissuadir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de firmar um acordo de delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal).

Em gravações, o então senador ofereceu R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró e um plano de fuga para que ele deixasse o país pelo Paraguai em direção à Espanha. Depois de três meses em cárcere ele conseguiu prisão domiciliar, com autorização somente para trabalhar, mas não retornou ao Senado.

Delcídio ficou em São Paulo realizando exames e passou por duas cirurgias. Nesse meio tempo teria que apresentar defesa pessoalmente à comissão de Ética do Senado, para tentar evitar cassação por quebra de decoro parlamentar. No entanto não compareceu às quatro sessões marcadas.

No dia 10 de maio teve o mandato cassado e fica inelegível até 2027, sem poder concorrer nas eleições que se realizarem até o fim do mandato para o qual foi eleito (que seria no fim de 2018) e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura. Pedro Chaves, que era o 1º suplente, tomou posse da vaga na bancada sul-mato-grossense.

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