Rivais querem mostrar falhas de tucanos

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sempre pediu cautela em relação ao anúncio de candidatura a prefeito de Campo Grande. Embora muita gente fale que Rose Modesto (PSDB) deve ser a candidata do partido, o governador insiste em pedir para que isso seja discutido mais para frente, no tempo certo.

Azambuja justifica que não é o momento e que o governo precisa mostrar trabalho antes de falar em eleição. Agora, a análise de adversários demonstra que o governador tinha razão. Já há adversários comemorando o que avaliam como tropeço no primeiro ano de Azambuja e que consideram que pode ser fundamental para os rumos das eleições em todo o Estado.

“Ser governo tem ônus e bônus. Não há dúvida que o candidato apoiado pelo Governo do Estado é forte. Mas, claro que traz para campanha a questão estadual. Coloca também em julgamento a atuação do Governo do Estado, que tem aspecto positivo e negativo. Eles já têm o que mostrar e do que ser cobrado. Aí, tudo acaba no zero a zero ou no cinco a cinco”, analisou o deputado federal Carlos Marun (PMDB), um dos cotados para disputar o cargo.

Análise parecida já foi feita pelo deputado Pedro Kemp (PT), também cotado, sobre a gestão de Azambuja. Na avaliação de Kemp, com exceção da Caravana da Saúde, Azambuja mostrou pouca novidade e tem como fator negativo o aumento do imposto, que gerou muita insatisfação.

Rose Modesto não tem se manifestado sobre candidatura. Não se sabe ao certo se por ordem de Azambuja ou por precaução dela mesmo, mas tem optado pelo silêncio. A situação dela parece confortável porque no PSDB, pelo menos por enquanto, há pouco interesse na disputa. Além de Rose, só o secretário de Administração, Carlos Alberto de Assis, demonstrou interesse, mas nada que gere briga no ninho.

A vice-governadora tem como concorrentes apenas lideranças de outros partidos, que também esperam contar com o apoio de Azambuja. É o caso da deputada Mara Caseiro (PMB), do deputado Marquinhos Trad (PMDB) e do deputado Márcio Fernandes (PTdoB), que na condição de aliados, querem apoio do governador.

 Azambuja, por sua vez, não descarta, mas também leva em conta uma resolução nacional do partido, que praticamente obriga candidatura nas maiores cidades do País.