Vereador registra BO e convoca Bernal após flagra de armas na Câmara

Policiais teriam sido deslocados para segurança de vereadora

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Policiais teriam sido deslocados para segurança de vereadora

A presença de policiais militares armados e à paisana, no plenário da Câmara Municipal de Campo Grande, virou caso de polícia. Depois de retomar sessão suspensa, na manhã desta quinta-feira (22), o presidente da casa, Flávio César (PTdoB), avisou que se ausentaria do plenário para registrar boletim de ocorrência “devido à gravidade do fato” envolvendo os PMs, além de anunciar a convocação do prefeito, Alcides Bernal (PP), à casa.

Os trabalhos no plenário ficaram suspensos por cerca de 10 minutos, a pedido de Airton Saraiva (DEM), alegando questão de segurança. Na reabertura da sessão, Flávio César declarou que os dois homens afirmaram serem policiais militares cedidos à Prefeitura, lotados no gabinete do prefeito, Alcides Bernal (PP), e deslocados até a Câmara para darem segurança à vereadora Luiza Ribeiro (PPS).

“Causaram pânico nos funcionários e público presente”, disse Flávio César, antes de avisar que iria à delegacia registrar a ocorrência. Falou, também, que pediria à equipe de apoio da Câmara requerimento convocando Bernal e a dupla de PMs para, dentro de 24 horas, irem até o legislativo prestarem esclarecimentos.

“Enquanto presidente em exercício, não vamos admitir que venham pessoas armadas, como se tivesse bandidos nesta casa, e pessoas com outras intenções que sejam garantir o bem-estar da população”, declarou Flávio César.  

Já a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) disse que não se sente ameaçada, mas insegura. “Ando pela cidade inteira sozinha ou apenas com o motorista, não conheço todo mundo”, comentou, finalizando não ter sido ela quem pediu a escolta policial.

No fim da semana passada, foi revelado conteúdo de depoimento da vereadora ao MPE (Ministério Público Estadual), no qual ela afirma haver corrupção na Câmara Municipal. As declarações geraram enxurrada de críticas por parte dos colegas de legislatura.

A dupla armada na Câmara saiu por orientação da equipe de segurança da casa. Em poucas palavras, eles haviam dito que eram policiais civis e estavam no local por “ordem de cima, do céu”.

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