STF pede para juiz auxiliar ouvir Cerveró sobre delação premiada
Por Delcídio, STF precisa homolgar acordo
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Por Delcídio, STF precisa homolgar acordo
O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal) pediu a um juiz auxiliar do gabinete que atua na [área criminal para ouvir o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró antes de homologar o acordo de delação com a Procuradoria Geral da República.
Cerveró está preso no Paraná e teria fechado o acordo para contar o que sabe sobre o esquema de corrupção na Petrobras em troca de uma pena menor. Pelo fato de Cerveró ter envolvido parlamentares, como o senador Delcídio do Amaral, que foi preso na semana passada, o acordo de delação precisa ser homologado, ou seja, confirmado, pelo Supremo.
Sempre que analisa um acordo de delação, antes de validá-lo, Teori ouve o delator, para saber se o acusado foi coagido ou não a falar o que sabe, por exemplo. O ministro não avaliar o teor da delação, e sim verifica se o acordo (que prevê o que o acusado vai devolver, quanto tempo ficará preso, entre outros itens), está dentro da legalidade.
Nestor Cerveró prestou alguns depoimentos dentro da delação. Foram específicos sobre o envolvimento de Delcídio, do chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, do advogado Edson Ribeiro, que defendia o ex-diretor, e do banqueiro André Esteves.
Os quatro foram presos depois de o filho de Cerveró, Bernardo, gravar uma conversa que apontou tentativa de manipular a delação premiada do ex-diretor, para que nem Delcidio e nem Esteves fossem citados. Em troca, a família de Cerveró receberia R$ 50 mil mensais.
Quando pediu abertura de investigação contra os quatro e as prisões, a Procuradoria também enviou para o Supremo o acordo de delação premiada de Cerveró. A expectativa, porém, é que depois de ser validado o acordo, o ex-diretor continue a contar mais detalhes sobre o esquema na Petrobras.
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