Medida depende de respostas do chefe da Seintrha sobre denúncias

A Câmara Municipal de Campo Grande pode encaminhar medidas no sentido de paralisar ações de tapa-buracos na cidade, até que eventuais irregularidades apontadas neste tipo de serviço sejam sanadas. A informação é do presidente da casa, Mario Cesar (PMDB), ao comentar a falta de explicações oficiais acerca de denúncias de possível desperdício de dinheiro público na área.

No entanto, a primeira posição do Legislativo sobre o assunto é comedida. Segundo o peemedebista, a casa aguarda as respostas do secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Valtemir de Brito, a questionamentos feitos durante reunião entre ele e parlamentares, na segunda-feira (9).

A performance de Kako – apelido do secretário – na ocasião, inclusive, continua sendo bombardeada no Legislativo. Na visão de Mario Cesar, o secretário deveria ter ido à Câmara acompanhado de uma equipe técnica, pois sabia sobre o que seria questionado, mas preferiu ir sozinho e “não soube responder” as dúvidas apresentadas.

O presidente condiciona eventual abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) às respostas a serem enviadas até a próxima sexta-feira (13). O peemedebista disse ainda que um vídeo da reunião de Kako com os vereadores foi enviado, a pedido, ao secretário, para que as respostas sejam preparadas.

“Não está descartada a CPI, estamos seguindo o mesmo rito adotado com o Bernal (Alcides, PP, prefeito da Capital cassado pela Câmara em março de 2014). Caso as respostas não estejam a contento, vamos analisar para ver quais medidas podemos tomar para, de fato, resolver este imbróglio”, detalha Mario Cesar.

O vereador disse que eventual paralisação dos tapa-buracos na cidade seria uma medida para rever as regras do serviço – ainda que importante, diz ele, é diferente de uma área essencial, como a da saúde, e portanto permitiria eventual suspensão.

Estima-se que, por mês, a Prefeitura pague em torno de R$ 13 milhões a empreiteiras pela manutenção das ruas asfaltadas da cidade, sem que houvesse fiscalização efetiva sobre o serviço executado. As denúncias no momento são sobre ‘buracos fantasmas', ou seja, operações feitas em trechos onde não haveria necessidade.