Ex-governador teve nome relacionado como testemunha de defesa de vice-prefeito

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) disse, por meio da assessoria, que “não pode se pronunciar por algo que não está sabendo” em relação ao fato de ser citado como testemunha de defesa no processo em que o vice-prefeito afastado do cargo de prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A audiência no TJ (Tribunal de Justiça) está marcada para 27 de novembro.

Conforme sua assessoria, a intimação ainda não chegou nas mãos do ex-governador. Puccinelli foi convocado como testemunha de defesa de Olarte ao lado do o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), o atual prefeito, Alcides Bernal (PP), a vice-governadora, Rose Modesto (PSDB), e o presidente afastado da Câmara dos Vereadores, Mario Cesar (PMDB).

Na denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), Olarte, Ronan Edson Feitosa e Luiz Márcio Feliciano fizeram parte de um esquema que usava cheque de terceiros, aos quais eram prometidas vantagens na Prefeitura, para garantir a arrecadação de dinheiro que, conforme a investigação, ajudou a financiar a derrubada de Alcides Bernal da Prefeitura de Campo Grande, em 2014.

As investigações estão sendo comandadas pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini, que emitiu 32 mandados de intimação para ouvir testemunhas de defesa e acusação. A audiência está marcada para o dia 27 de novembro, no Plenário Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e, no processo, ainda não consta que as intimações tenham sido feitas oficialmente.

Olarte foi procurado, mas, até o fechamento deste texto, não se pronunciou sobre o caso. Rose Modesto e Nelson Trad também foram procurados e ainda não enviaram resposta.

Segundo o advogado Leonardo Saad, Mario Cesar ainda não foi notificado, porém, irá comparecer ao depoimento. Também arrolado como estemunha, Bernal disse que irá contribuir com informações importantes em seu depoimento. (Com supervisão de Waldemar Gonçalves)