Puccinelli deixou caixa zerado e R$ 500 milhões em obras inacabadas
Reinaldo diz que gestão de antecessor passa por auditoria
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Reinaldo diz que gestão de antecessor passa por auditoria
Está nas mãos do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), relatório revelando que há, atualmente, em torno de R$ 500 milhões em obras do governo estadual inacabadas. Nos cofres do Executivo, no entanto, não há esta verba para a conclusão dos projetos.
“Vamos ter de eleger o que dá para concluir. Não tem como autorizar (o andamento da obra) e depois não ter como pagar”, ponderou o tucano, que visitou a Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) no começo da manhã desta terça-feira (13).
A gestão anterior no governo, de André Puccinelli (PMDB), está sendo submetida a uma auditoria. Além das obras inacabadas, Reinaldo disse que há, por exemplo, restos a pagar, incluindo encargos de folhas de pagamento – ele não especificou valores.
“O governador (Puccinelli) vivia dizendo que deixaria dinheiro para concluir obras e não deixou”, ponderou o atual chefe do Executivo. Ele voltou a reclamar da autorização, dada pelo peemedebista, para obras em hospitais de Dourados e Três Lagoas.
Reinaldo disse ter pedido que as obras não fossem autorizadas. No caso de Três Lagoas, comentou nesta terça-feira, o dinheiro para o projeto ainda depende de verba do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A ideia do atual governo é ter o que Reinaldo chama de “segurança jurídica”. “Tudo o que fizermos a partir de 1º de janeiro é responsabilidade nossa. Por isso estamos fazendo esta auditoria”, comentou o governador.
Segundo Reinaldo, por várias vezes, enquanto prefeito de Maracaju, ele chegou a solicitar que obras fossem desmanchadas por terem ficado mal feitas. Preciso for, continuou, fará o mesmo no governo estadual.
Gastos x Transparência
O governador citou, também nesta manhã, que nos últimos três meses de gestão Puccinelli gastou R$ 34 milhões em publicidade. “Será que precisa de tudo isso? É importante divulgar as ações, mas poderiam usar este dinheiro para campanhas educativas, o trânsito de Campo Grande é um dos que mais matam no Brasil”, emendou o tucano.
Por outro lado, Mato Grosso do Sul ainda conforme análise do governador, figura como um dos últimos quando o assunto é transparência. “As pessoas não conseguem acessar (informações sobre a gestão pública). Vamos mudar isso”, garante.
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