PT e Bernal não se acertam sobre ‘toma lá dá cá’
Partido segue fora da base aliada
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Partido segue fora da base aliada
O impasse entre o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), e a bancada municipal do Partido dos Trabalhadores, unidos até pouco depois da volta do progressista no dia 25 de agosto, ainda está longe de ter um fim. Isso porque a sigla não quer assumir as pastas da Juventude e da Mulher, únicas ofertadas pelo chefe do Executivo. O rompimento fez com que os vereadores migrassem da base aliada para o bloco dos independentes. Bernal, por sua vez, alega que não cederá ao “toma lá dá cá” para terminar de compor o secretariado.
“Respeito todos os partidos e todas os portadores de mandato, vou fazer uma composição republicana. Mas não com base no toma lá dá cá. Vamos escolher com base nas metas que temos no programa de governo”, disse na tarde desta terça-feira (29) durante agenda pública. Já o PT nega que haja pressão para participar da Administração, porém como não fazem parte efetivamente das pastas, vão seguir de forma independente na Câmara Municipal.
“Esses espaços não suprem as expectativas do PT. Não queremos ocupar secretaria por ocupar, de forma decorativa. Ser um apêndice. Achamos que iriamos recompor os espaços que tínhamos antes, naturalmente”, disse o vereador Marcos Alex que foi líder do prefeito na Casa de Leis durante todo o período pré-cassação, referindo-se às secretarias de Obras e Assistência Social até então ocupada por quadros petistas.
“ Não tenho medo do não, tenho medo da imposição, isso não vamos aceitar, PT não pode se diluir tem que mostrar sua cara. Também não seremos oposição radicalizada, só que agora como não estamos dentro do Governo, os secretários terão que ir nos explicar sobres o projetos antes de votarmos”, disse o legislador.
O PT foi um dos partidos que permaneceu na defesa de Bernal durante o período em que ele esteve com mandato cassado, inclusive, sendo oposição do então prefeito da Capital Gilmar Olarte (PP). Mesmo sem conseguir as pastas almejadas, Alex garante que a sigla não se arrepende de ter dado suporte ao radialista. “Não nos arrependemos porque somos a favor da democracia, do mandato eleito de forma democrática”, finalizou. Sem os petistas, Bernal conta com apenas três integrantes oficiais na base aliada: Cazuza (PP), Luiza Ribeiro (PPS) e José Chadid (sem partido).
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