Prisão de Delcídio fere a Constituição, argumenta defesa do senador petista
Líder do Governo é acusado de tentar atrapalhar investigações da Lavajato
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Líder do Governo é acusado de tentar atrapalhar investigações da Lavajato
Em uma nota de sete linhas, o advogado Maurício Silva Leite, que representa o senador Delcídio do Amaral, manifestou “incorformismo” com a decisão do STF (Superior Tribunal Federal) que permitiu a prisão do petista, nesta madrugada. No texto, ao advogado afirma que tem convicção de que o entendimento inicial será revisto, sob o argumento de que a decisão fere a Constituição Federal.
Delcídio foi preso acusado de tentar atrapalhar as investigações, ao oferecer rota de fuga e dinheiro ao ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, para que ele rejeitasse o acordo de delação premiada como parte da Operação Lavajato. Ele já prestou depoimento à Polícia Federal.
“Questiona-se o fato de que as imputações tenham partido de um delator já condenado, que há muito tempo vem tentando obter favores legais com o oferecimento de informações”, afirma Maurício Silva Leite.
Ainda de acordo com a nota, a defesa de Delcídio questiona, ainda, a imposição de prisão a um Senador da República “que sequer possui acusação formal contra si”.
“A Constituição Federal não autoriza prisão processual de detentor de mandato parlamentar e há de ser respeitada como esteio do Estado Democrático de Direito”, afirma o texto.
No site do STF, o ministro Teori Zavascki afirma que não haveria outra forma de se preservar a integridade das investigações que não fosse a decretação das prisões. Além de Delcídio, estão presos o advogado Edson Ribeiro, o banqueiro André Esteves, do Banco BTG Pactual, e o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira.
Zavascki, ainda segundo o site do STF, relatou à 2ª Turma do Tribunal que as razões para as prisões estavam fundamentadas no artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP) – como prova de existência de crime (materialidade) e indício suficiente de autoria – conforme justificou o Ministério Público nas ações.
Os autos relatam o esquema que envolveria o senador Delcídio do Amaral, seu assessor parlamentar Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro e o banqueiro André Esteves, com o objetivo de tentar dissuadir o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de firmar acordo de colaboração premiada junto ao Ministério Público Federal nas investigações decorrentes da operação Lava-Jato.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
‘Execução de 94% dos projetos propostos’, diz Governo do Estado sobre 2024
Segundo o executivo, a avaliação anual dos contratos de gestão apresentou resultado positivo
CBF anuncia candidatura de Brasília para sediar final da Libertadores
A decisão da competição será disputada no dia 29 de novembro
Corpo de ex-superintendente da Cultura começa a ser velado na noite desta sexta
O professor foi assassinado por um adolescente, de 17 anos, na madrugada desta sexta
Conmebol divulga datas dos jogos da Recopa Sul-Americana
O confronto de ida, no dia 20 de fevereiro a partir das 21h30 (horário de Brasília)
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.