Projeto precisa ser aprovado no Senado

Mesmo com a possível aprovação da janela de 30 dias para que parlamentares insatisfeitos com os partidos pelos quais foram eleitos troquem de sigla, sem correr o risco de perderem seus mandatos, pouca coisa deve mudar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Isto porque, com a possível saída do deputado estadual Marquinhos Trad, o PMDB continuará sendo o partido com a maior bancada no legislativo estadual. Além dele, o quadro é composto pelos deputados Junior Mochi, presidente da Casa de Leis, Eduardo Rocha, líder da bancada, Renato Câmara, Antonieta Amorim e Maurício Picarelli.

O parlamentar já afirmou a pretensão de sair do partido, aguarda a aprovação total da janela, mas diz ter ação pronta para, caso o projeto não seja aprovado no Senado, entrar na Justiça para deixar o partido sem correr riscos de perder o mandato de deputado ou ficar inelegível por oito anos.

Marquinhos ainda não confirmou para qual partido deve migrar, mas há cogitação em torno de sua ida para o PSD. Se isto ocorrer, o partido, que ganhou nova direção recentemente, terá seu primeiro representante na Assembleia Legislativa.

Outro deputado que também demonstra insatisfação com seu partido é Beto Pereira (PDT), que não descarta a possibilidade de deixar a sigla. O desconforto começou na eleição do diretório estadual do partido. Na ocasião, o parlamentar criticou a retirada de determinados nomes da chapa comandada pelo deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que acabou eleito, e Beto começou a se declarar insatisfeito com algumas decisões do partido.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê a mudança de partido sem perda de mandato já foi aprovada na Câmara dos Deputados, em junho deste ano. Falta, agora, ser aprovada no Senado, o que deve ocorrer depois do recesso parlamentar.