PGJ emenda férias e Coffee Break pode “sobrar” para adjuntos

Três procuradores podem decidir sobre relatório

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Três procuradores podem decidir sobre relatório

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Humberto de Matos Brittes, está de férias e o relatório final da Operação Coffee Break, encaminhado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) pode acabar sendo analisado por três procuradores adjuntos.

De acordo com o Ministério, independentemente das férias do procurador-geral, o relatório deve ser analisado e arquivado ou encaminhado à Justiça, já os três procuradores atuam em substituição a Humberto Brittes.

O procurador-geral voltaria nesta sexta-feira (18) ao trabalho, mas vai emendar com o recesso de fim de ano do judiciário e emenda suas férias por mais 20 dias em janeiro. Atualmente, Humberto é substituído por Mara Cristiane Crisóstomo Bravo. Paulo Cesar dos Passos e Joao Albino Cardoso Filho são os outros dois procuradores que poderão analisar o relatório, sem prazo para ser avaliado.

Brittes terá mais 20 dias de férias em janeiro, segundo o aviso da concessão publicado no diário oficial do órgão desta quarta-feira (16), que divulga descanso remunerado referente ao período aquisitivo de 2014/2015 dos dias 7 a 26 de janeiro. O procurador-geral receberá abono pecuniário, ou seja, “venderá” o restante do período de férias.

Entregue no dia 5 de dezembro à PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça), o relatório deveria ser analisado em até 15 dias, mas, por ser extenso, deve ter o prazo prorrogado. Seriam somente cinco dias para análise se algum envolvido estivesse preso. Para auxiliar o Procurador-Geral de Justiça, Humberto Brites, uma equipe técnica analisa o documento antes de chegar às mãos dele. Sem citar nomes à imprensa, declarou dos 11 implicados ao suposto esquema de compra de votos para cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março do ano passado. Do total 8 vereadores e um ex-vereador são apontados como autores do crime de corrupção passiva, ou seja, aceitaram vantagem indevida em razão do cargo que ocupa.

Sete pessoas, sendo outros três vereadores, empresários e políticos, cometeram corrupção ativa. Um empresário e dois políticos são acusados de associação criminosa, caracterizando formação de quadrilha. Em investigação complementar, mais cinco pessoas devem ser apurados após o aprofundamento de provas e o acesso a dados fiscais. Cinco mentores, políticos e empresários, teriam orquestrado a queda do radialista.

 Três vereadores, os que responderão por corrupção ativa, tinham a função de convencer os colegas. O voto era trocado por dinheiro ou cargos públicos. O documento tem 245 páginas, com base em uma investigação com mais de 4,9 mil páginas.

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