Olarte alega ‘golpe judicial’ e tenta, de novo, tirar desembargador de ação

Bonassini é relator de ação contra o prefeito afastado

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Bonassini é relator de ação contra o prefeito afastado

O vice-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), afastado do cargo de prefeito desde 25 de agosto, apresentou novo recurso no qual alega ter havido um “golpe judicial” para retirá-lo do cargo e reconduzir Alcides Bernal (PP) à Prefeitura. Ele tenta tirar o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva da ação na qual responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de buscar adiamento do caso.

No dia 27 de agosto, o TJ (Tribunal de Justiça) negou exceção de suspeição apresentada por Olarte contra o mesmo magistrado. Desta vez, o recurso usado foi um agravo regimental na tentativa de reverter a decisão anterior.

Em resumo, a alegação é de que Bonassini agiu com intenção de prejudicar Olarte, agindo muito rápido entre a decisão do TJ de acatar denúncia contra o então prefeito e avisar a Câmara Municipal sobre tal.

Nas letras da defesa de Olarte, “tudo engendrado para dar um golpe judicial e obter, de uma forma ou de outra, o afastamento do cargo do agravante, o que, como é público e notório, obteve o efeito desejado, já que a 1ª Câmara Cível do TJMS, vendo quase a metade dos vereadores ‘embretados’ no Gaeco para prestar depoimento (foram ‘conduzidos coercitivamente’ de manhã, embora nunca tivessem sido notificados para depor antes…), acabou por retornar ao cargo o ex-prefeito cassado, numa decisão juridicamente discutível, mas politicamente ‘correta’”.

Ao longo de 12 páginas, os advogados de Olarte sustentam a tese de que Bonassini agiu irregularmente no caso. Repete argumentos apresentados – e rejeitados – na exceção de suspeição.

Por fim, Olarte pede o sobrestamento do processo, ou seja, que ele pare de tramitar até que a suspeição seja julgada. Depois, que o desembargador seja substituído por outro julgador.

O agravo regimental começou a tramitar no dia 4 de setembro, sexta-feira, e o relator é o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, o mesmo que rejeitou a exceção de suspeição. Até o fechamento deste texto, não havia despacho ou decisão acerca do recurso.

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