Mesmo tendo Proteco como doadora, Marun não acredita que Lama Asfáltica impactará em 2016

Para ele reforma política será causadora de escassez de recursos eleitorais

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Para ele reforma política será causadora de escassez de recursos eleitorais

Para o deputado federal, Carlos Marun (PMDB), os possíveis prejuízos financeiros causados pela Operação Lama Asfáltica não devem surtir efeito, uma vez que com a votação da reforma política a tendência é escassez de recursos recolhidos por meio de doações. A investigação inclui contratos firmados entre o governo do Estado e prefeitura de Campo Grande com o empreiteiro João Amorim, dono da Proteco Construções Ltda, uma das doadoras de campanha do PMDB. 

Grande parte das licitações foi feita durante gestões peemedebistas do ex-prefeito Nelson Trad Filho, ex-cunhado de Amorim, e do ex-governador André Puccinelli que conserva até hoje amizade com o empresário. “Acredito que as campanhas serão mais baratas com essas medidas que passam no Congresso. Elas são para baratear as eleições, então (a operação) não vai trazer muito impacto”, disse o parlamentar.

Ele avalia também que a Lama Asfáltica e o pleito são fatos que não têm elo. “Eleição é no ano que vem, será outro momento. Não vejo assim uma ligação direta com a operação”, disse. Em 2010, quando foi eleito deputado estadual, Marun recebeu R$ 60 mil dos R$ 300 mil repassados ao PMDB pela empreiteira. Do montante, outros R$ 50 mil foram para Edson Giroto e Junior Mochi, atual presidente regional da sigla.

Em 2012 o valor chegou a R$ 1,4 milhão destinado ao Comitê Único de Campanha. À época Giroto tentava tornar-se prefeito da Capital, mas foi vencido por Alcides Bernal (PP) no segundo turno. Na eleição do ano passado a Proteco continuou ofertando cifras. Somente para a então candidata a deputada estadual e ex-primeira-dama, Antonieta Amorim (PMDB), mais R$ 1,4 milhão foram doados. A parlamentar é irmã de João.

Na mesma campanha o comitê recebeu da empreiteira R$ 386 mil. Nelsinho, que tentou sucessão estadual, mas amargou o terceiro lugar nas urnas, ganhou o mesmo valor para sua campanha.  Ainda que a empresa tenha auxiliado a cúpula nos últimos anos, Marun acredita que não haverá impacto nas finanças peemedebistas em 2016.

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