‘Depende do governador’

 

O líder do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) na Assembleia, Rinaldo Modesto (PSDB), ainda não sabe se continuará no cargo no próximo ano. Indagado sobre a possibilidade de sair, o deputado disse que não tem vaidade em relação ao posto e que tudo dependerá de Azambuja.

“É um desafio grande, porque o parlamento é muito heterogênio e cada um tem seus compromissos com os partidos, sua representatividade e seus objetivos. Se não são atendidos a gente fica em um fogo cruzado, mas estamos apaziguando”, analisou.

Rinaldo justifica que está cumprindo uma missão dada pelo governador, já que é mais comum ter um líder do mesmo partido, mas não vê problema, por exemplo, em ceder a vaga para o deputado Beto Pereira (PDT), que não esconde interesse de virar tucano.

O líder de Azambuja não enxergou grandes dificuldades neste primeiro ano. Indagado sobre a polêmica nas últimas sessões, após veto a projetos, o deputado considerou a situação normal, visto que na Assembleia há vários advogados, que divergem do pensamento da Procuradoria do Estado.

O deputado Lídio Lopes (PEN) ficou indignado por não conseguir reverter o veto de Azambuja a projeto dele que obriga o governo a mandar carta informando do vencimento da Carteira Nacional de Habilitação. Na ocasião fez críticas a quantidade de vetos de Azambuja, ressaltando que a Casa tem perdido valor diante de tantos boicotes aos projetos.

Lídio ficou mais irritado com a bancada do PMDB, que não lhe deu apoio e disse aos colegas que lembraria do episódio. O líder do PMDB, Eduardo Rocha, jogou a responsabilidade para o governo, que não conseguiu, por exemplo, que Onevan de Matos (PSDB) e Flávio Kayatt (PSDB) votassem com a base, deixando-os em situação difícil. “Votamos mais como base do que eles”, criticou.