Laudo da PF deve por fim a boatos sobre morte de índio em área de conflito

Ruralistas negam que morte tenha a ver com conflito

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Ruralistas negam que morte tenha a ver com conflito

A morte do indígena da etnia guarani-kaiowa será apurada pela Polícia Federal e secretaria de Estado de Segurança Pública, afirmou o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), na manhã desta segunda-feira (31). Azambuja se reuniu com o comandante do CMO (Comando Miliar do Oeste) e Polícia Federal para tratar sobre ações na região de conflito entre indígenas e fazendeiros. No sábado, o conflito resultou na morte do índio Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos..

“A Polícia Federal e a nossa secretaria de Segurança Pública está fazendo toda a perícia e apuração”, disse. O governador não deu prazo para conclusão dos trabalhos, mas promete apurar e apresentar relatório sobre como de fato morreu o indígena.

Os indígenas teriam ocupado com armas de fogo, facas e flechas, na madrugada do dia 22, a fazenda Primavera. Outras propriedades da região também foram ocupadas. De acordo com o relato policial, feito por equipe do 2º Pelotão de Antônio João, os fazendeiros foram no sábado (29) expulsar os indígenas da Fazenda Fronteira, entrando em confronto, o que teria resultado.

Segundo relatos, a vítima estava bebendo água em um córrego que passa pela propriedade e foi atingida pelos tiros na cabeça. Segundo a PM (Polícia Militar), os disparos teriam partido de um revólver calibre 22. Ruralistas e o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), por sua vez, afirmam que o índio já estava morto há um dia. 

Nesta segunda, o governo estadual vai assinar pedido de Garantia de Lei e Ordem, à presidente da República, Dilma Rousseff (PT), para que mais equipes do Exército sejam enviadas ao local. A intenção, segundo o Executivo Estadual, é restabelecer o diálogo na região.

 

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