Interpelada, vereadora só responde André nos autos da Coffee Break
Ela alega que não pode quebrar sigilo
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Ela alega que não pode quebrar sigilo
A vereadora Luíza Ribeiro (PPS) disse que só responde à interpelação do ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), em ação do MPE (Ministério Público do Estado). Além disso, quanto ao segundo processo, este movido pelo diretório regional do PMDB, ela disse nem saber o que responder diante de situação descabida.
Nos autos, a defesa da legisladora explica que o depoimento prestado ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no dia 25 de setembro é fruto de convocação e tudo seria mantido no sigilo, segundo são regidas as investigações e operações policiais deste sentido. No entanto, o vídeo com as falas vazou e acabou caindo na internet.
“Em assim sendo, a interpelada reserva-se no direito de manifestar que quaisquer esclarecimentos serão prestados dentro dos autos do inquérito do Ministério Público e/ou ainda em eventual ação própria, oportunidade em que poderá exercer em plenitude o contraditório e a ampla defesa. Termos em que, Pede deferimento”, diz nos autos.
No depoimento Luíza cita espécie de mensalinho pago aos vereadores desde a época em que Puccinelli era prefeito, passando pelas gestões de Nelsinho Trad (PTB) e Gilmar Olarte (PP), porém não ressaltou não ter provas. O ato causou furor na Câmara Municipal e acabou resultando em representação na Comissão de Ética da Casa.
No Judiciário o ex-governador a interpelou porque foi citado. “Mas ele quer explicações do que eu disse ao Gaeco, então vá lá no MPE e pergunte. As indagações são quanto ao depoimento e eu não posso falar sob pena de quebrar o sigilo”, disse ao Jornal Midiamax. Dias depois, o PMDB sul-mato-grossense também enteou na Justiça para interpelá-la.
O partido alega que a fala maculou “sobremaneira a imagem da legenda e de seus filiados, ante as sérias acusações da interpelada de que o interpelante e seus correligionários são responsáveis por um esquema de corrupção em serviço de tapa-buracos, lixo e cascalhamentos, para fins escusos, dentre eles, de perpetuação no poder”.
Nesta caso ela diz que não sabe nem o que responder “de tão desproposital que é esta ação”. “Eles têm que encontrar preservação moral ao escolheres quem vai representá-los”, disse.
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