Há 13 anos no Senado, Delcídio acha pouco cinco anos de mandato

Câmara Federal provou mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Câmara Federal provou mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos

Há 13 anos como senador, o líder da Presidência da República no Senado, Delcídio do Amaral (PT), considera pouco tempo cinco anos de mandato para senadores, como prevê o texto da Reforma Política aprovado na Câmara dos Deputados nesta semana. Para o petista, a função desempenhada por ele requer mais tempo de trabalho do que o das outras funções políticas. Atualmente os senadores atuam por oito anos, o dobro dos demais mandatos. Ele foi eleito pela primeira vez à função nas eleições de 2002.

“Nós ainda não discutimos isso. Mas acho que os senadores têm que ter um tempo de mandato maior porque o Senado é a casa revisória da Federação. O papel do senador garante maior independência  aos temas federativos”, disse em entrevista ao site Uol. Com o fim da reeleição o mandato de todos cargos eletivos passa a ser de cinco anos, conforme o projeto de Reforma Política a regra se estende ao Senado, mas o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB/AL), já adiantou que não haverá aprovação da matéria.

Isso porque mesmo com aval dos deputados federais, todas as leis precisam da bênção do senadores para chegar à Presidente da República Dilma Rousseff (PT) que é responsável por sancioná-las. Delcídio criticou a reformulação política como um todo. “Por ser sincero estou absolutamente pessimista. Pelo a menos a população esta ansiosa com a votação da Câmara (dos Deputados) que produziu pouquíssimo”, avaliou.

A crítica se estendeu à clausula inserida na reforma quanto ao fundo partidário. Caso seja aprovada, haverá limite para acesso dos partidos pequenos a esse tipo de recurso. Pelo texto, terão direito a verba pública e tempo de propaganda os partidos que tenham concorrido, com candidatos próprios, à Câmara  e eleito pelo menos um representante para qualquer das duas Casas do Congresso Nacional. O senador acredita que a iniciativa fomenta a construção de bancadas com apenas um integrante. “A intenção é fortalecer os partidos e não ter uma constelação deles”.

O líder de Dilma também colocou em xeque o empenho dos deputados federais que desmembraram a Reforma Política em várias votações diferentes. “Estamos votando verdadeiros Frankensteins, votando aos pedaços. Os parlamentares simplesmente não intensificaram isso, então tem casos que não fecham”, disse referindo-se a ausência de discussões dos textos antes das votações. 

Conteúdos relacionados

prefeito urt eleições