PT e PMDB estão com maioria e com poder de decisão nas comissões

O grupo de deputados mais ligados ao governador, (PSDB), ainda analisa a criação de um bloco para ganhar mais força na Assembleia Legislativa. A união tem por objetivo aumentar a participação nas comissões – hoje, os tucanos têm direito a apenas uma das cinco vagas e, com um bloco de oito parlamentares, teria direito a indicar dois.

A  maior preocupação é com a Comissão de Constituição e Justiça, que tem a missão de barrar ou deixar tramitar projetos na Assembleia. Se não montar bloco, o grupo de Azambuja corre risco de ficar apenas com um deputado, tornando-se ainda mais fraco, já que PMDB tem duas vagas e o PT uma. Sem o bloco, caberia a partidos com menos de quatro deputados a indicação da quinta e última vaga.

Mesmo com o bloco, Azambuja ainda não terá maioria. Isso porque o PMDB, que hoje tem direito a duas vagas, já avisou que também montará bloco se o PSDB der a largada. Os peemedebistas não querem abrir mão das duas vagas.

Se os dois partidos montarem bloco, os dois blocos ficam com duas vagas cada e o PT com a quinta vaga. O fato é que, com bloco ou sem bloco, PT e PMDB terão a maioria e podem complicar a vida de Azambuja na CCJ.  

O grupo mais próximo do governador só teria chance de conquistar a maioria se convencesse os deputados Márcio Fernandes (PTdoB) e Lídio Lopes (PEN) a não acompanhar o PMDB na formação de blocos.  

Diante da polêmica, os líderes de bancada vão se reunir nesta quinta-feira (5) para tentar um acordo. “É possível. Até terça-feira vamos decidir. É uma tendência”, declarou o líder do governo, Rinaldo Modesto (PSDB). Ele alega que o bloco será montado em consenso.

Entre os deputados também há dúvida. Maurício Picarelli (PMDB), por exemplo, lembrou que cada um fala uma coisa e ninguém sabe o que vai acontecer. Ele e Marquinhos Trad (PMDB) devem ser indicados pelo PMDB para a CCJ. O PT já indicou Amarildo Cruz para a CCJ.