Assunto foi debatido durante a sessão desta terça

O possível fechamento do Hospital da Mulher nas Moreninhas foi debatido durante a sessão desta terça-feira (12) na Câmara Municipal de Campo Grande. Vereadores entendem que a medida é injustificável e contraria recomendações sobre as diretrizes da saúde pública.

Recentemente, a Prefeitura anunciou que o hospital será fechado para reforma e, enquanto isso acontece, os atendimentos serão transferidos para o novo PAI (Pronto Atendimento Integrado), no Centro da cidade. Após os reparos no imóvel, a promessa é de que a unidade voltará a atender.

No entanto, informações desencontradas, algumas dando conta de que o hospital seria desmontado e fechado definitivamente, levou o vereador Chiquinho Telles (PSD) a convidar representantes da área de saúde a falarem sobre o assunto na Câmara. Um deles é Giovany Dutra, que discursou na sessão desta terça em nome de usuários do hospital e contrariamente ao eventual fechamento.

Segundo Dutra, a ideia “caminha de forma contrária ao que pede a saúde, que é descentralizar os serviços”. Ele pediu que a Câmara tome posição no sentido de evitar o fim do Hospital da Mulher, e sobrou até para os parlamentares: “corta o coração ver o tanto de cadeira vazia, os vereadores deveriam estar aqui discutindo temas de relevância” – no momento, 16 dos 29 membros da casa estavam em plenário.

O discurso recebeu apoio de vereadores. Thais Helena (PT), por exemplo, comentou que a Santa Casa, maior hospital do Estado, nunca precisou ser fechada para passar por reformas.

Chiquinho, por sua vez, comentou que não há necessidade de fechar o Hospital da Mulher para submetê-lo a reforma. “Desconheço qualquer órgão público que feche para reformar”, completou.

A Prefeitura não fechará o hospital nas Moreninhas, garantiu o líder do prefeito Gilmar Olarte (PP), Edil Albuquerque (PMDB). Se for o caso, disse ele, pedirá um documento no qual constará compromisso de, tão logo a reforma seja feita, os benefícios à população sejam imediatos.