Ex-secretário Ben Hur diz que Amorim tentou se aproximar de Bernal

Amorin teria dito que pedido veio de Mário Cesar

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Amorin teria dito que pedido veio de Mário Cesar

O ex-secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle do primeiro mandato de Alcides Bernal, Wanderley Ben Hur da Silva, chegou há pouco, por volta das 15h35, à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para prestar depoimento ao promotor Marcos Alex Vera. Antes de entrar, Ben Hur disse que o motivo da convocação seria uma ligação entre ele e o empresário João Amorin, no qual Amorin dizia querer se aproximar de Bernal a pedido do presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB).

“Eu vim para esclarecer uma conversa que foi grampeada pela Polícia Federal durante a Operação Lama Asfáltica, onde eu apareço. Se tratava de um telefonema onde o Amorin me liga e pergunta onde é que eu estava, porque que ele queria falar comigo. Disse que queria tentar uma aproximação com o Bernal a pedido do Mário Cesar”, explicou o ex-secretário.

Ben Hur também destacou que não recebeu nenhum benefício do empresário e que apenas conversou com ele porque isso fazia parte do seu papel como figura pública. “Pelo próprio áudio você vê que não tem envolvimento nenhum. A imprensa que pegou, deturpou e chegou a essa conclusão (de que ele teria participado da cassação). Na verdade eu estava defendendo interesses do município”, afirmou.

João Amorin e Mário Cesar tiveram os celulares apreendidos durante a Operação Coffee Break, desencadeada no dia 25 de agosto, que entre outras ações, afastou Gilmar Olarte da Prefeitura de Campo Grande e o vereador da presidência da Câmara.

Coffee Break

A Operação Coffee Break decorre da junção de suspeitas levantadas durante a Operação ADNA, feita entre 2013 e 2014, e a Operação Lama Asfáltica, tornada pública em julho deste ano. O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), e o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), devem ficar afastados de seus cargos até o fim de investigação sobre eventual compra de votos de vereadores na cassação de Alcides Bernal (PP), ocorrida em março do ano passado.

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