Entidades e associações fazem carta aberta rebatendo deputada ruralista

Mara criticou o pedido de boicote ao agronegócio de MS

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Mara criticou o pedido de boicote ao agronegócio de MS

Um grupo formado por 108 entidades e associações publicou carta aberta à deputada estadual e presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi, Mara Caseiro (PTdoB), em respostas às falas feitas durante sessão ordinária desta quinta-feira (29). O texto explica que, ao contrário do que parlamentar disse, a campanha ‘Boicote ao Agronegócio de Mato Grosso do Sul’ não é apócrifa.

“Ela (campanha) é assinada e não precisa ficar procurando, muito menos fazendo acusações infundadas na Casa de Leis como a senhora fez tentando descobrir quem fez ou quem se responsabiliza por essa luta”, diz a carta publicada na página ‘Pela CPI do Genocídio’ no Facebook.

“Mais uma vez vamos deixar claro para vossa senhoria que a decisão de lançar a campanha foi do Conselho do Povo Terena e do Conselho Aty Guassú do Povo Guarani-Kaiowá e apoiando a luta dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, que estão cansados de ver o seu povo sendo assassinado, torturado, estuprado, sequestrado, assinam centenas de entidades, organizações e movimentos sociais e sindicais de todo o país e do mundo”.

Eles acrescentam que todas as ações são feitas de forma pública, pois não há receio. “Cansamos de ficar calados diante das barbaridades que ocorrem em Mato Grosso do Sul com o povo indígena, massacrado pela inoperância do estado brasileiro, pela violação dos direitos individuais e coletivos do capitalismo selvagem e pela força brutal de muitos que fazem parte do agronegócio e compõem a classe ruralista deste estado”.

O grupo aproveita para convidar a população para participar de protestos e mobilizações. “Portanto, mais uma vez, listamos as entidades que assinam com o Conselho Terena e com o Aty Guassú do Povo Guarani-Kaiowá essa campanha e acreditamos que todas as outras que forem necessárias para gritar em alto e bom som, que está mais do que na hora de colocar um fim ao genocídio dos povos indígenas em Mato Grosso do Sul”, finalizam e em seguida disponibilizam a lista apoiadores. (Veja aqui).

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