‘Do jeito que está, dá até 20 assinaturas’, diz vereador sobre CPI dos buracos

Requerimento de abertura de investigação deverá ser apresentado na terça

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Requerimento de abertura de investigação deverá ser apresentado na terça

“Do jeito que o clima está, dá até 20 assinaturas para uma CPI”, disse o vereador Carlão (PSB) na manhã desta segunda-feira (2), logo após a chegada do prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), à Câmara Municipal para a abertura dos trabalhos deste ano – na prática, são necessárias 13 crivos parlamentares para abrir uma investigação na casa. O alvo, desta vez, são supostas irregularidades em operações tapa-buracos nas ruas da cidade.

Enquanto o parlamentar falava, o prefeito reunia-se com alguns vereadores, a portas fechadas. Olarte chegou acompanhado dos secretários de Finanças, André Scaf, e de Infraestrutura, Valtemir Brito, e nenhum deles quis dar entrevista.

O requerimento de abertura da CPI deverá ser apresentado na terça-feira (3), segundo Paulo Pedra (PDT). “Precisamos dar uma resposta à sociedade, é um caso muito sério”, diz Carlão, emendando:  “se for preciso, tira dois ou três prefeitos, se tem irregularidade, tem que haver uma investigação aprofundada” – os vereadores cassaram o antecessor de Olarte, Alcides Bernal (PP), em março passado.

Até o fechamento deste texto, o prefeito mantinha-se reunido com os vereadores. Na visão de Carlão, caso seja instalada, a “CPI tem que nascer sólida, não natimorta”.

Na semana passada, foi divulgado vídeo mostrando operários da empreiteira Selco Engenharia tapando buracos inexistentes em uma rua, na região do Parque dos Poderes. A partir disso, um funcionário foi demitido, a Prefeitura garante ter suspendido os contratos com a empresa e prometeu reforçar a fiscalização deste tipo de serviço, que custa em torno de R$ 13 milhões mensais.

Um dos problemas, na visão dos vereadores, está justamente na fiscalização. “Como é feita hoje, não está correta, fiscaliza-se por tonelada. Alguma coisa tem que ser feita”, finaliza Carlão.

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