Derrotados, PR e PT podem definir comando ou ter só sobras na Assembleia

Após desistência de Paulo Corrêa, PT e PR aguardam passos de Mochi e Zé Teixeira

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Após desistência de Paulo Corrêa, PT e PR aguardam passos de Mochi e Zé Teixeira

A situação ficou desconfortável para deputados ligados ao candidato derrotado na eleição de 2014 ao governo estadual, senador Delcídio do Amaral (PT). Sem o Executivo, parlamentares do PT e PR não têm tantas garantias de sucesso na mesa diretora da Assembleia e dependem de uma disputa entre PMDB e o grupo do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), para terem algum espaço.

Caso indicados do PMDB e de Azambuja, Junior Mochi (PMDB) e Zé Teixeira (DEM), escolham o presidente no voto, PT e PR podem se dar bem. Isso porque para chegar à presidência, ambos precisarão dos seis votos de PR e PT, já que alegam ter oito votos na corrida pela chefia do Poder Legislativo.

PT e PR podem se dar mal e ficar com as mãos abanando ou apenas com sobra se Mochi e Zé Teixeira chegarem a um acordo sem contar votos. Neste caso, eles teriam a maioria e nenhuma obrigação de dar algum espaço para os deputados que, teoricamente, deveriam ficar na oposição. Assim, os dois partidos dependeriam da boa vontade do grupo do governador.

O deputado Paulo Corrêa (PR) até tentou emplacar o nome para presidência, mas acabou desistindo após reunião com Azambuja. Ele tentava articular um grupo com aval do tucano, mas foi barrado pelo PT, que não quer acordo com o novo governador.

Sem o apoio do PT, Paulo Corrêa avisou Azambuja que tentará o posto de primeiro secretário. Acontece que o PR já não tem três deputados, como na legislatura passada. Com dois nomes, o partido tem menos peso do que o PDT, com três, e o próprio PT, que tem quatro na bancada.

Para evitar constrangimento e embate com PT, Azambuja prefere dizer que vai deixar a Assembleia livre na definição. Porém, já avisou que vai conversar até com o grupo petista para tentar consenso. Há ainda quem duvide desta neutralidade e acredite que o tucano deve lutar mesmo pela candidatura do aliado de primeira hora, Zé Teixeira.

A eleição acontece no dia 1º de fevereiro. Além de Junior Mochi e Zé Teixeira, já demonstraram interesse na disputa os deputados Onevan de Matos (PSDB) e Mara Caseiro (PTdoB). Porém, ambos não têm nem apoio dos colegas de bancada. 

Conteúdos relacionados

prefeito urt eleições