Vice-prefeito está afastado há mais de 80 dias

A defesa do vice-prefeito afastado, , tenta um habeas corpus para derrubar a .  O habeas corpus, impetrado ontem à tarde, por volta das 15 horas, está nas mãos do ministro Reynaldo Soares da Fonseca. O advogado de Olarte, Jail Azambuja, confirmou o recurso, afirmando que tenta “trancar” a Coffee Break.

O vice-prefeito foi afastado há mais de 80 dias a pedido do Gaeco, na Operação Coffee Break. Ele é suspeito, juntamente com nove vereadores e empreiteiros, de articular a cassação de Alcides Bernal (PP), por meio de promessa de cargos e até compra de votos.

Olarte chegou a ficar preso por cinco dias por conta da operação. Hoje está solto, mas proibido de entrar no Paço Municipal. Recentemente ele escapou de uma comissão processante na Câmara justamente porque já está afastado. Os vereadores consideraram que não poderiam cassar alguém que está afastado.

O vice-prefeito nega que tenha articulado a cassação de Alcides Bernal, assim como os demais vereadores. O Gaeco tem escutas telefônicas que levantaram suspeitas sobre possível articulação. Nas escutas há varias gravações de diálogos dos vereadores com Olarte e com o empreiteiro João Amorin, que seria financiador do suposto esquema.

O presidente da Câmara de , Mario Cesar (PMDB), também está afastado há mais de 60 dias. Também figuram como investigados os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Jamal (PR), Chocolate (PTB), Gilmar da Cruz (PRB), Edson Shimabukuro (PTB), ex-vereador Alceu Bueno, o empreiteiro João Baird e Fábio Portela.

O Gaeco já ouviu mais de 20 pessoas, incluindo o ex-governador André Puccinelli e diversos vereadores. Todos os investigados, bem como os vereadores Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB) e Eduardo Romero (REDE), tiveram os celulares apreendidos e levados a perícia, que poderá identificar possível articulação. Os investigados também tiveram os sigilos fiscais e bancários quebrados.