Da visita ao Paraguai Reinaldo volta com avanços para Integração na Fronteira

Pauta de cinco itens acertada com o Presidente do Paraguai registra avanço na relação com país vizinho

Uma viagem com propósito definido levou o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, ao Paraguai, onde se encontrou com o presidente Horácio Cartes, e o embaixador brasileiro na nação, José Felicio. O intuito da visita foi pactuar ações conjuntas entre o Estado e o país vizinho, para a integração na fronteira, além de outras questões como a Rota Bioceânica e um tratado para a construção de uma ponte sobre o Rio Paraguai que ligue Porto Murtinho a cidade de Capitán Carmelo Peralta, do lado paraguaio.

“Houve o compromisso do presidente Cartes na construção da rodovia que irá ligar (Capitán) Carmelo Peralta a Mariscal Estigarribia, que já e quase na divisa com a Argentina, um passo importante no avanço da tão sonhada Rota Bioceânica. Também foi assinado um tratado para a construção de um ponte entre os dois países a partir de Porto Murtinho”, declarou o governador ao sair de um evento na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), onde foi designado a ser o novo presidente de honra do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul.

“Na pauta de cinco itens também decidimos sobre o comprometimento quanto ao aprofundamento do calado do Rio Paraguai em dois trechos do lado de lá, assim como a integração econômica na fronteira que seja capaz de gerar renda e emprego na região, que com isso possa se desenvolver”, explicou Reinaldo, ainda no evento que foi homenageado, cerimônia que foi conferida pelo Diretor do Midiamax, Carlos Naegele, acompanhado da advogada Tatiana Ujacow.

Da sede da Famasul, o governador seguiu ainda na noite da sexta-feira (27) para o Palácio Polular da Cultura, onde compôs a Mesa de Autoridades na palestra da ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, programada dentro do Congresso Pantheon Jurídico. A magistrada falou aos presentes sobre o avanço dos Direitos Fundamentais no Brasil, como ferramenta para o progresso do País, a partir dos preceitos difundidos na Constituição promulgada em 1988.

“A constituição do Brasil não é certinha, até porque o Brasil não é um País certinho. Se tomarmos a Alemanha ou a Suiça ou Luxemburgo como exemplo teremos qualquer um da população vivendo o mesmo momento social, coisa que não acontece aqui. No Brasil em um mesmo dia teremos uma pessoa que precisa ir a pé cruzar distâncias enormes para conseguir um tratamento médico, enquanto outro brasileiro, de outra cidade, como São Paulo, por exemplo, pode estar indo de helicóptero para o trabalho. Isso é o Brasil, com sua gama de diferenças com tempos civilizatórios diferentes. Temos que pensar o Brasil e encarar soluções para ele a partir desse conhecimento. Sendo respeitados os direitos à cidadania e à  dignidade humana, além de principalmente o artigo 5º podemos criar uma democracia exemplar”, citou a ministra no evento.