CPI da Enersul será aberta e quer revelar lista de beneficiários do ‘mensalão’

Pedido de investigação já tem assinaturas suficientes na Assembleia

Já há assinaturas suficientes para a abertura da CPI da Enersul na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O objetivo é apurar detalhes de desvio de R$ 700 milhões na empresa, concessionária do fornecimento de energia elétrica, apontado por uma auditoria.

Caso seja criada, a CPI deverá revelar quem são os 35 nomes que aparecem em uma “folha confidencial” como supostos beneficiários de um esquema de desvio de verbas, disse nesta quarta-feira (18) o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB).  A auditoria foi feita pela PWC (Pricewaterhouse Coopers) a pedido da Câmara de Valores Mobiliários, após requerimento feito por Marquinhos e o então deputado federal Fábio Trad, irmão dele.

O parlamentar criticou também a Energisa, empresa que comprou a Enersul em 2013 e a assumiu no ano passado. “A Energisa até agora não mostrou o que veio fazer no Estado”, disse o peemedebista, comentando que a companhia adquiriu o ativo e passivo da concessionário, podendo também, “se for o caso”, ser responsabilizada em se comprovando irregularidades na gestão do dinheiro da empresa.

Até o fechamento deste texto, haviam assinado o pedido de abertura de CPI os deputados Maurício Picarelli (PMDB), Zé Teixeira (DEM), Onevan de Matos (PSDB), George Takimoto (PDT), Antonieta Amorim (PMDB), Mara Caseiro (PTdoB), Angelo Guerreiro (PSDB), Barbosinha (PSB), Beto Pereira (PDT), Paulo Correa (PR), Renato Câmara (PMDB), Professor Rinaldo (PSDB) e Flavio Kayatt (PSDB), além da bancada do PT – Pedro Kemp, Cabo Almi, Amarildo Cruz e João Grandão. O requerimento já foi lido e apresentado à mesa diretora na sessão desta quarta, mas a criação da comissão ainda não foi oficializada, o que deve ocorrer na próxima sessão, marcada para quinta-feira (19).

* texto editado às 13h30 de 19/03 para acrescentar nomes de deputados que assinaram o requerimento de abertura da CPI