Empresa vai ser investigada por esquema que aumenta o consumo de energia

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias que envolvem a concessionária de energia elétrica deve ser oficializada até a próxima quarta-feira (25), segundo o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB). E empresa é acusada de liderar o esquema conhecido como ‘fio preto', que consiste na instalação de novos padrões de energia (digitais) nas casas dos contribuintes a fim de aumentar o consumo e, posteriormente, aplicar multas.

Na cidade de João Pessoa, na Paraíba, por exemplo, a Energisa está sendo convocada, para uma audiência pública na Câmara Municipal de João Pessoa, a explicar o motivo dos aumentos abusivos nas contas de energia elétrica da população paraibana.

No Mato Grosso do Sul, a mesma empresa vai ser investigada, pelos deputados estaduais, por um suposto desvio de R$ 700 milhões. “Espero a oficialização da CPI até amanhã [quarta-feira]. É uma fraude atrás de outra”, revela Marquinhos.

O deputado diz, ainda, que depois de feita a oficialização, será elaborado um cronograma de serviços da comissão. “Queremos convocar um ex-funcionário da Energisa que sabe de muita coisa. Além da vereadora de Joaão Pessoa, Raíssa Lacerda (PSD), e do deputado estadual Prócoli Junior, que estão atuando nas investigações contra a empresa lá na Paraíba”, explicou.

Em contrapartida, a Energisa informou que não tem conhecimento dos desvios, bem como não participou de um suposto ‘mensalão' que beneficiado 35 pessoas, entre firmas e apadrinhados políticos, para acobertar problemas em relatórios financeiros.

O deputado não concordou com a negação da empresa. “Ela quando comprou a Enersul fez uma pesquisa antes, nada foi feito no escuro e ela viu que a Enersul era atrativa e viável. Esta explicação é tão idiota, até num matrimônio, que é privado, quando eles decidem se separar eles têm que dividir o patrimônio ativo e passivo. Agora imagina uma concessionária de serviço publico delegado. A empresa já enganou na Paraíba, onde há inquérito aberto” declarou.

O esquema

Segundo informações da Câmara Municipal de João Pessoa, o fato ganhou dimensão em 2013. A empresa foi denunciada por estimular funcionários a fazerem com que os consumidores trocassem medidores de energia analógicos pelos digitais, onde nessa transição, era colocado um frio preto para desviar energia elétrica.