Conheça políticos que mudaram voto entre Processante e cassação de Bernal

Aliados viraram oposição e ex-crítico ganhou secretaria

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Aliados viraram oposição e ex-crítico ganhou secretaria

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) já fez diversos discursos acusando ex-aliados de traição. Por um lado, enquanto alguns vereadores que se declaravam a base aliada mudaram de lado e votaram pela cassação de Bernal, o vereador licenciado Paulo Pedra (PDT) resolveu fazer caminho inverso e trocou postura de crítico ferrenho para braço direito.

Hoje, “homem forte” do governo de Alcides Bernal (PP), Pedra, que ocupa cargo de secretário de governo e relações institucionais, já quis “dar pito” no Bernal e, o que poucos lembram, votou favoravelmente à abertura da Comissão Processante que cassou mandato do pepista em março de 2014.

Na sessão do dia 15 de outubro de 2013, Pedra disse, justificou voto dizendo que comissão seria “chance de defesa ao prefeito”, e teceu críticas à administração de Bernal por conduzir Campo Grande a crise política “nunca vista na história”.

“Estamos em um momento que nunca vivemos na história política de Campo Grande. A abertura da Comissão Processante contra prefeito, uns disseram que seria golpe, outros que seria perseguição política, outros que seria decisão política, mas na verdade toda decisão desta casa é na veia política”.

Pedra, no entanto, depois da abertura da comissão, migrou para base de Bernal diante de acordo feito entre chefe do Executivo e PDT, partido em que é filiado. A legenda conseguiu, em troca de apoio, direção da Emha (Agência Municipal de Saúde e Habitação).

Depois o vereador alegou que devido a compromissos políticos assumidos na campanha, com partido ele acompanharia maioria dos vereadores e votou sim pela abertura da Comissão. Dos 29 parlamentares, apenas oito votaram contra Processante, foram eles: Zeca do PT, Alex do PT, Airton Araujo, Cazuza (PP), João Rocha (PSDB) Luiza Ribeiro (PPS), Carlão (PSB) e Gilmar da Cruz (PRB).

Vale lembrar do vereador Chocolate, do mesmo partido de Bernal, que logo no início da crise política entre Executivo e Câmara migrou para oposição. Chocolate votou pela abertura da Processante e pela cassação.

Dos antigos aliados, João Rocha se tornou um dos principais nomes de oposição a Bernal e foi líder de Gilmar Olarte na Câmara, durante início do mandato dele como prefeito. Outro parlamentar que mudou de ideia é Gilmar da Cruz (PRB), que votou pela cassação de Bernal e é mencionado em conversa telefônica entre empresários João Baird e Fábio Portella. No diálogo, Portella garante a Baird que o vereador pelo PRB irá votar a favor da cassação. A conversa foi gravada com autorização da Justiça, pela Polícia Federal e faz parte da Operação Lama Asfáltica.

 

 

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