Comissão temporária do Senado vai propor soluções para crise hídrica

Jorge Viana, autor do requerimento lembra que a escassez de chuva também prejudica a economia

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Jorge Viana, autor do requerimento lembra que a escassez de chuva também prejudica a economia

O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (12) a criação de uma comissão temporária para fazer um diagnóstico da atual crise hídrica e propor soluções para a situação.  O requerimento (RQS 44/2015), do senador Jorge Viana (PT-AC), estabelece 90 dias de funcionamento para a comissão, que será composta de nove membros titulares e igual número de suplentes, garantida a participação de pelo menos um membro de cada região do país e um de cada estado do Sudeste. 

Na justificativa do requerimento, o autor diz que o Brasil vive hoje uma crise hídrica sem precedentes, que afeta particularmente o Sudeste. Jorge Viana informa que os registros apontam o atual momento como o pior período úmido registrado desde 1930, em 84 anos de monitoramento das chuvas na região. O senador ressalta que as consequências da estiagem são as piores possíveis, não apenas para a população que vive no Sudeste — 42% dos brasileiros —, mas também para o país como um todo, por conta da forte dependência da geração de energia hidrelétrica.

Jorge Viana lembra que a escassez de chuva também prejudica a economia, pois faltam água para a irrigação e energia para tocar a indústria, justamente na parte mais populosa e mais produtiva do Brasil. Ele informa também que nenhuma das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte inaugurou um novo manancial ou represa de grande porte nos últimos 22 anos. No mesmo período, a população desses centros cresceu mais de 16%, chegando hoje a quase 20 milhões de pessoas.

Para Jorge Viana, “o grande problema é a falta de construção e manutenção de sistemas adequados de abastecimento e de reservação de água por simples imprevidência ou por outras razões ainda mais condenáveis”. O senador diz esperar que, ao fim dos trabalhos da comissão, “o Senado disponha de um conhecimento sistematizado sobre o assunto e, dessa forma, possa contribuir de maneira ainda mais abalizada para a solução desse grave problema e para a promoção de políticas públicas necessárias para o setor”.

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