Com 1º salário previsto só para abril, convocados buscam ajuda da Câmara

Vereadores se comprometeram a intermediar encontro com o prefeito ou secretária de Educação

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Vereadores se comprometeram a intermediar encontro com o prefeito ou secretária de Educação

Um grupo de cerca de 20 professores convocados do município procurou ajuda da Câmara de Campo Grande, na tarde desta quarta-feira (4), para tentar antecipar a convocação para ministração das aulas.

Os professores temporários do município alegam que com a mudança da data de início do ano letivo, que só começa depois do Carnaval, no dia 19 de fevereiro, o primeiro salário dos convocados que dão aula na Reme (Rede Municipal de Ensino) só sairá no começo do mês de abril.

“Não estamos discutindo a legalidade da mudança de início do ano letivo, mas estamos exigindo uma mudança na forma de pagamento dos convocados”, disse a professora do ensino médio Sharon Rogoski, que é convocada no município.

Os professores afirmam que para os servidores efetivos da Semed (Secretaria Municipal de Educação) o período letivo começa na próxima segunda-feira (9), com o início da chamada ‘jornada pedagógica’, que antecede o começo das aulas e serve para preparação do corpo docente da escola.

Os convocados afirmam que apesar de serem apenas convidados na jornada pedagógica, sua presença é solicitadas pelos diretores das escolas. Eles querem que esta semana seja obrigatória e remunerada e que o município prepare uma folha suplementar de pagamento em março para contemplar a categoria.

Outra reivindicação apresentada na reunião diz respeito às férias escolares do mês de julho, que também não são pagas aos convocados. “No meio do ano não deixamos de ser professores. Ninguém consegue emprego de duas semanas”, disse o professor Leonel Bomfim.

De acordo com o grupo, há 3,2 mil professores convocados na Reme e cerca de 4 mil efetivos. E com o déficit de concursados, algumas unidades escolares chegam a ter 70% de professores temporários, o que contraria, segundo os presentes na reunião, a legislação federal que prevê no máximo 10% de servidores convocados por escola.  “A gente pede melhorais nas leis que regem a convocação”, frisou Sharon.

Os professores também pediram a abertura de concurso para diminuição do déficit de professores, e solicitaram aos vereadores que levem a discussão para a Assembleia e para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Os vereadores presente s ao encontro, Paulo Pedra (PDT), Chiquinho Telles (PSD), Eduardo Romero (PTdoB), Luiza Ribeiro (PPS) e Carlão (PSB), se comprometeram a fazer um documento com as reivindicações para apresentar na sessão de amanhã (5), requerendo ao líder do prefeito na Câmara, Edil Albuquerque (PMDB), que agende uma reunião de emergência com o prefeito Gilmar Olarte ou com a secretária de educação, Ângela Brito.

“A Câmara tem que cumprir o papel de entender a necessidade dos convocados e apresentar o documento (com reivindicações) ao Executivo. E que prefeitura mantenha (contrato) com o convocado até suprir a falta de professores”, finalizou Luiza Ribeiro. 

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