Citados em escândalos, vereadores pensam em não se candidatar

Dois já anunciaram que não são candidatos

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Dois já anunciaram que não são candidatos

A Operação Coffee Break pode aposentar alguns vereadores já no próximo ano, mesmo sem condenação da Justiça. Isso porque o desgaste criado com a citação dos nomes já tem feito muita gente repensar o futuro.

O vereador Edil Albuquerque (PMDB) foi o primeiro a anunciar aposentadoria, afirmando que já cumpriu sua missão. Depois foi a vez do presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), anunciar desistência. Agora, com a Coffee Break, outros vereadores já pensam em desistir.

Por enquanto, as desistências são confirmadas apenas nos bastidores, mas alguns não se importam em dizer que podem não continuar na vida política. “Estou analisando em primeiro lugar se teremos um candidato a prefeito forte e que não pense em brigas políticas, como está acontecendo. Vou ser candidato se minha chapa tiver o candidato a prefeito que pense em Campo Grande. Caso contrário, ficar fora”, declarou Dr. Jamal (PR).

O vereador é um dos nove investigados na Coffee Break por suspeita de ter aceito cargo ou dinheiro para votar a favor da cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). Além dele, figuram como investigados os vereadores Mario Cesar, Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Edson Shimabukuro (PTB), Carlão (PSB) e Gilmar da Cruz (PRB).

Os vereadores Carlão e Paulo Siufi também foram questionados sobre o futuro político, mas não anunciaram desistência da reeleição. Carlão explicou que teria muito mais trabalho para eleger outro vereador do que disputar outra eleição. “Não tem como. Se eu desistir tem vários outros no partido na fila e eu vou ter que ajudar”, justificou.

A desistência de candidatos que sempre têm boa margem de votos também cria expectativa em pretensos candidatos a vereador. Além dos que estão pensando em desistir, os concorrentes já não terão pela frente outros eleitos vereadores em 2012, mas que agora ocupam outros postos: Rose Modesto (agora vice-governadora), Zeca do PT (deputado federal), Elizeu Dionízio (deputado federal) e Grazielle Machado (deputada estadual).

O Gaeco ainda não concluiu a operação e a expectativa é grande para o resultado final. O promotor Marcos Alex Vera chegou a pedir o afastamento de 17 vereadores (todos que votaram pela cassação e continuam na Câmara), mas o desembargador Luiz Cláudio Bonassini não autorizou.

 

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