Câmara e Assembleia evitam polemizar e abafam Lama Asfáltica
Parlamentares defendem cautela
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Parlamentares defendem cautela
Quem esperava um debate acalorado na Câmara de Campo Grande e na Assembleia Legislativa por conta da Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal e Controladoria Geral da União, surpreendeu-se. Nenhum parlamentar, seja ligado ao PMDB ou a outro partido, ocupou a palavra livre para falar sobre o assunto.
Parlamentares preferiram jogar a responsabilidade um para o outro. “Tem que aguardar. Não se sabe o que vai acontecer. Até porque a Lama Asfáltica foi por conta de obras do Estado”, justificou Paulo Pedra (PDT).
Indagado sobre a grande quantidade de contratos do empresário investigado, João Amorim, com a Prefeitura de Campo Grande, principalmente em contratos de tapa-buraco, o vereador insistiu em dizer que aguarda a Assembleia. “Minha opinião é que a Assembleia debata primeiro”, rebateu.
Paulo Pedra apoiou a candidatura de Edson Giroto (um dos envolvidos na operação) a prefeito em 2012. Já o PT, que integra a oposição na Câmara, tem como dificuldade o fato do partido estar envolvido na Operação Lava Jato, assim como o PP, do vereador Cazuza. Neste caso, caberia a Luiza Ribeiro (PPS) trazer o debate na Casa.
Na Assembleia os deputados também usam o discurso de que é preciso aguardar as investigações. O deputado Pedro Kemp (PT), por exemplo, disse que a Assembleia não vai se furtar do seu papel, mas ponderou que a Polícia Federal já abriu a investigação, o que, na avaliação dele, não justifica a abertura de uma CPI para o caso.
Operação Lama Asfáltica
A Polícia Federal, Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) realizaram a operação na última quinta, quando cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, visando obter detalhes de contratos com um dos maiores empreiteiros do Estado e principal financiador das campanhas peemedebistas em Mato Grosso do Sul, João Alberto Krampe Amorim dos Santos.
Policiais ficaram trancados por quase cinco horas com João Amorim na residência dele, na Vila Vendas, mas também foram a uma das empresas dele, a Proteco Engenharia, residência do ex-deputado Edson Giroto (PR) e na Secretaria de Obras do Estado, que também tinha contratos com Amorin. Quatro servidores foram afastados do Estado.
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