Bernal quer segunda fase da Coffee Break para investigar novos nomes

Ele relacionou algumas pessoas

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Ele relacionou algumas pessoas

Mesmo com relatório da Operação Coffee Break finalizado e entregue ao procurador-geral do MPE (Ministério Público Estadual), Humberto Brittes, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), espera que a apuração tenha segunda fase para analisar nomes que, para ele, estão diretamente envolvidos na cassação de seu mandato em março do ano passado.  Ao Jornal Midiamax ele citou alguns deles na manhã deste domingo.

“Acho que falta o Luiz Pedro Guimarães, Raimundo Nonato, Cezar Afonso, Rubens Cleiton, Benedito de Paula, Eliezer David entre outros. Existem pessoas que desviaram recursos públicos, que participaram ativamente do golpe e não estão na investigação”, disse. Os dois primeiros citados são os responsáveis pelo pedido de abertura de CPI (Comissão Processante de Inquérito) do Calote que, por sua vez, culminou na Comissão Processante pedindo cassação do mandato de Bernal por improbidade administrativa.

Cezar Afonso foi secretário Municipal de Meio Ambiente na gestão do vice-prefeito afastados de funções públicas, Gilmar Olarte (PP), assim como Eliezer ocupou cargo na comunicação do Executivo enquanto o pastor esteve à frente da Prefeitura. “Eu sempre acreditei no trabalho do Gaeco, no TJ e espero que ninguém fique impune. A população tem medo da impunidade”, disse.

Relatório – O promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Marcos Alex Vera, responsável pela Coffee Break, declarou dos 11 implicados ao suposto esquema, 8 vereadores e um ex-vereador são apontados como autores do crime de corrupção passiva, ou seja, aceitaram vantagem indevida em razão do cargo que ocupa.

Sete pessoas, sendo outros três vereadores, empresários e políticos, cometeram corrupção ativa, ou seja, tiveram papel essencial na compra de votos em prol da cassação de Bernal.

Um empresário e dois políticos são acusados de associação criminosa, caracterizando formação de quadrilha. Em investigação complementar, mais cinco pessoas devem ser apurados após o aprofundamento de provas e o acesso a dados fiscais.

Eles são acusados de improbidade administrativa. Cinco mentores, políticos e empresários, teriam orquestrado a queda do prefeito. Três vereadores, os que responderão por corrupção ativa, tinham a função de convencer os colegas. O voto era trocado por dinheiro ou cargos públicos.

Ele não falou em nomes. O relatório tem 245 páginas, com base em uma investigação com mais de 4,9 mil páginas. A Procuradoria Geral da Justiça terá que decidir em quinze dias se vai ser oferecida denúncia contra os envolvidos com pedido de afastamento ou até prisão; se vai ser pedir complementação de diligência (continuar a investigação); ou se arquivará o caso. A decisão está a cargo de Humberto Brittes.

Conteúdos relacionados

prefeito urt eleições