Parlamentares não acreditam em mudança nos votos

 

A decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), de aceitar denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) contra o prefeito por corrupção passiva, colocou ainda mais pimenta na Câmara, na véspera do julgamento do pedido de abertura de .

A oposição, que estava focada nos votos, agora também pressiona pelo afastamento de Olarte, que virou réu. A Lei Orgânica do Município prevê o afastamento do prefeito, mas há quem entenda que a Lei Federal não permite, o que deve aumentar a polêmica.

A decisão do TJMS serviu para deixar os ânimos mais alterados, com muitas dúvidas na cabeça dos parlamentares. A oposição acredita que a decisão traz um combustível a mais e alguns da base não acreditam em mudança de voto com o processo.

O vereador Delei Pinheiro (PSD), por exemplo, entende que é preciso aguardar o julgamento antes de tomar qualquer atitude. Na avaliação dele, o processo não altera a votação, visto que o prefeito ainda tem o direito de se defender.

A opinião é compartilhada pelo colega dele de bancada, Chiquinho Telles (PSD). No entendimento do vereador, o processo tende a mornar a processante, visto que caberá, neste caso, ao TJMS, decidir o futuro do prefeito.  O parlamentar ressalta que este era o motivo principal do pedido de processante, que agora perde um pouco de força.

O ex-líder do prefeito na Câmara, vereador Edil Albuquerque (PMDB), está confiante no arquivamento do pedido. Ele entende que a cidade não suportaria uma nova comissão processante contra um prefeito. Na avaliação dele, nem uma pressão na sessão de hoje mudará o voto dos vereadores.