PSB sempre acompanhou o PMDB em MS

O ex-petista se filiou ao PSB ontem e, curiosamente, agora está mais perto do adversário do seu antigo partido, o ex-governador (PMDB). Isso porque o PSB sempre foi subordinado ao PMDB e tem como líderes afilhados do ex-governador.

A postagem de Ayache no Facebook abriu margem para polêmica. Uma das seguidoras criticou a saída dele do partido, lembrando da ajuda dada a ele na candidatura ao Senado. “Quem lutou pelo seu nome como candidato ao senado foi o PT, em particular a base petista, o partido em que você foi filiado por mais de 10 anos e não fez história! Você ganhou notoriedade através da luta de base do PT, seu nome não foi bem recebido no início por alguns dentro do partido, lembra!? Lembra quem apoiou você desde o início?! Porque com certeza quem te ergueu vai lembrar do seu gesto logo mais e não será através de coalizão! De qualquer forma, seja feliz ou pelo menos tente!”, postou uma seguidora dele.

Outros lembraram de votações de Tereza Cristina e do vereador Carlão (PSB). Tereza foi criticada por ter votado a favor do PL 4330, que no entendimento de alguns tira os direitos dos trabalhadores ao terceirizar o serviço público. Outros criticaram a atuação de Carlão, por ter sido contrário a processante contra o prefeito pelo não cumprimento da lei do piso para os professores.

A presidente do PSB no Estado, Tereza Cristina, é ligada a Puccinelli e chegou a sair do PSDB para defendê-lo, quando Reinaldo Azambuja (PSDB) decidiu abandonar a aliança com o PMDB em Campo Grande, em 2012.

O mesmo acontece com Murilo Zauiti e com o deputado Barbosinha (PSB), que também são ligados ao ex-governador. Murilo, inclusive, viu Puccinelli articular a derrocada da candidatura de Marçal Filho (PMDB) em Dourados só para apoiá-lo.

No ano passado, por exemplo, o PSB apoiou a candidatura de Nelsinho Trad (PMDB) para o Governo do Estado, mesmo com investidas de Delcídio do Amaral (PT) e protesto de algumas lideranças do partido.

Ayache vai para o PSB com a esperança de ser candidato a prefeito de Campo Grande. Porém, petistas entendem que ele “deu um tiro no pé” ao deixar o antigo partido. Agora, terá a oportunidade de provar se os votos conquistados para o Senado foram dele mesmo, do PT ou do senador Delcídio do Amaral, que concorria ao governo do Estado e o ajudou a puxar votos.