Caça-buracos fará serviço em cinco minutos

O prefeito de , Gilmar Olarte (PP), anunciou na manhã desta sexta-feira (7) que, em breve, vai mudar o serviço de na Capital. “Vamos trazer uma tecnologia nova. Vocês vão se surpreender”, declarou o prefeito, sem detalhar o processo.

A equipe do Midiamax procurou o secretário Valtemir de Brito, que detalhou o processo. A prefeitura já está em fase final de licitação para contratar o novo serviço para o Aniversário de Campo Grande. A princípio, funcionará como teste, apenas para a equipe da Secretaria de Obras, mas a intenção é fazer novas licitações com empreiteiras já com o novo modelo.

Atualmente, a Prefeitura gasta entre R$ 3,5 milhões e R$ 4 milhões com o serviço de tapa-buraco e pretende economizar com a mudança. Segundo secretário, a economia será grande só com mão de obra, visto que a máquina precisa de apenas um ou dois trabalhadores, enquanto que hoje este serviço é feito por, em média, cinco funcionários, além de caminhão e compactador.

“Vamos atuar nos principais corredores, principalmente que transita o transporte coletivo. É um veículo que pode atuar de dia e de noite e vai facilitar bastante. A expectativa é que diminua este custo da prestação do serviço. Utilizando tecnologia você consegue diminuir mão de obra e equipamentos. Hoje, só a montagem da equipe já gera um custo muito grande. Com o equipamento, você faz tudo ao mesmo tempo e só precisa de motorista”, justificou. Segundo o secretário, o preço do aluguel da máquina é menor do que do aluguel de um caminhão.

A tecnologia

No Brasil a tecnologia já é utilizada no Município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A TBM 5000, também chamada de “caça-buracos”, conta com GPS que permite acompanhamento de todo trabalho realizado, garantindo rastreamento de trajeto e o uso de materiais.

A máquina permite manutenção corretiva dos buracos, trincas e outras patologias do asfalto, bem como manutenção preventiva, evitando que rachaduras evoluam. Ela funciona em quatro etapas e o serviço pode ser concluído em cinco minutos:

O primeiro passo consiste na limpeza completa do local a ser reparado, com utilização de um jato de ar de alta pressão. Após isso a máquina pulveriza a emulsão asfáltica, aplicada em forma de spray, que cobre o buraco e a área ao redor.  Após isso a “caça-buracos faz  a aplicação do concreto, que fica acondicionado em um reservatório com capacidade para cinco toneladas. Para finalizar, a própria máquina faz a compactação, em um trabalho que dura, em média, cinco minutos.

“Precisamos evoluir. Não tem como não fazer, mas temos esta alternativa e vamos economizar na maneira de fazer o serviço. O uso de tecnologia vai reduzir o desperdício, ganhar tempo e garantir o controle da prestação de serviço”, garantiu Valtemir.

Polêmica

O serviço de tapa-buraco em Campo Grande causou polêmica no começo do ano, quando moradores denunciaram o chamado “tapa-buraco fantasma”. Os vídeos ganharam repercussão nacional  e a prefeitura prometeu cancelar os contratos, o que nunca aconteceu. Pouco tempo depois, a própria prefeitura fez uma avaliação técnica, alegando que o serviço feito na filmagem era necessário.

A vereadora Luiza Ribeiro (PPS), por exemplo, denunciou que o serviço de manutenção de vias em Campo Grande garantia desvio de, aproximadamente, R$ 8 milhões mensais. Segundo denúncia, as empreiteiras realizariam R$ 3 milhões de tapa-buraco e outros R$ 3 milhões seriam pagos sem a realização do serviço. Já no caso do cascalhamento, R$ 2 milhões seriam pagos e R$ 5 milhões investidos sem a prestação do serviço, totalizando R$ 8 milhões em desvio.