Governador conquista base na Assembleia com indicações a cargos no governo

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) cumpriu a palavra e deu poucas secretarias a partidos políticos. Porém, aos poucos, vai encaixando indicados no Governo do Estado, para garantir uma base de sustentação sólida na Assembleia.

Embora alguns, como PSD e DEM, estejam insatisfeitos, outros partidos não têm do que reclamar do governador, ainda que não tenham indicado nenhum secretário. O PSB, por exemplo, já emplacou alguns quadros do partido no governo. É o caso de Walter Carneiro Junior, indicado para Casa Civil, e Sebastião de Almeida, secretário-geral do partido em Mato Grosso do Sul.

O prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB), revelou que o partido está participando com a indicação de nomes, que é feita pelo deputado estadual eleito, Barbosinha, e pela deputada federal eleita, Tereza Cristina. O PMDB, que tem seis deputados na Assembleia, também está sendo agraciado, já que vários comissionados de André Puccinelli (PMDB) e deputados continuam no governo.

Ciúmes

O ciúme de lideranças do DEM e PSD está no fato de alguns partidos que apoiaram Azambuja apenas no segundo turno terem ganhado mais espaço no governo, como o PDT, que ficou com o Detran, e o PRB, que nem tem deputado e ganhou a Funtrab e a Defesa Civil.

Até o momento o PSD recebeu apenas a Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e Televisão Educativa de MS (Fertel), presidida por Bosco Martins. O partido não conseguiu eleger nenhum deputado e, consequentemente, não ficou como prioridade para Azambuja. Já o DEM, que tem apenas um deputado, Zé Teixeira, deve ficar com a 1ª secretaria da Assembleia; ganhou a MS Gás, indicando Rudel Trindade; e cargo de alto salário como o do primo do deputado Luiz Henrique Mandetta, Hélio Mandetta. Apesar disso, Mandetta tem reclamado por não estar sendo ouvido por Azambuja.

O Solidariedade também apoiou Azambuja no primeiro turno, mas teve mais prestígio. O partido acabou ficando com a vaga de deputado federal, para Elizeu Dionizio, porque Márcio Monteiro (PSDB) está com a Secretaria de Fazenda. Além disso, conseguiu emplacar o presidente estadual do partido, Alessandro Menezes, com bom salário no governo.

Azambuja ainda conversa com partidos que não foram agraciados. O presidente estadual do PTdoB, Morivaldo Firmino, explica que o partido deve conversar com o governador ainda nesta semana para definir a participação no governo. “O partido declinou da Produção por causa do projeto do deputado Márcio Fernandes e agora estamos fazendo outra negociação. Vamos indicar algumas pessoas para segundo e terceiro escalão. Ele vai ver qual posição que vai alojar este pessoal. Ver disponibilidade dele lá”, contou.

O governador também deve conversar com o deputado Lídio Lopes (PEN) para saber qual espaço dará para o partido em troca de apoio na Assembleia. Esta lista ainda deve aumentar com o PR, que possivelmente estará na base de sustentação da gestão tucana.