Ano tumultuado na política diminuiu debates ‘acalorados’ na Assembleia

Operações passaram em branco entre deputados

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Operações passaram em branco entre deputados

Os deputados estaduais tiveram um ano com menos debate do que o normal em 2015. As várias operações, que atingiram grande parte dos partidos, fizeram os deputados pisarem no freio e reduzirem os famosos embates políticos. Cada um tem uma justificativa, que pega da população a própria Justiça

“O povo já está saturado. Não tem uma notícia boa. Só corrupção, roubalheira. A população já está saturada. Ficar debatendo aqui é só para jogar para a plateia. O resto é a Justiça que tem que resolver”, analisou o deputado Zé Teixeira (DEM).

O deputado Eduardo Rocha (PMDB) preferiu criticar a falta de liberdade para o debate. “Prefiro não falar nada para não falar abobrinha. A democracia está esquisita. Se um vereador fala do outro vereador, o Ministério Público vai lá e pede para afastar oito vereadores. Não se pode falar nada”, criticou.

Marquinhos Trad (PMDB) citou três pontos para justificar a redução do debate: processos envolvendo questões pessoais: “Aqui ninguém vai atacar a pessoa”; questões judiciais: “de bom alvitre que aguarde o pronunciamento da Justiça”, e quantidade de projetos: “São tantos problemas a nível estadual e projetos, que superlotam a ordem do dia e muitas vezes uma discussão precipitada pode ser prejudicial para o Estado”, opinou.

O deputado Amarildo Cruz (PT) entende que muitos foram pegos de surpresa com todos os escândalos, mas prevê debate mais intenso no próximo ano. “Não que as pessoas sejam ingênuas e não saibam o que acontece, mas é algo que abate a todos e deixa perplexo”, comentou.

O deputado acredita que a Assembleia terá o momento certo para discutir a Lama Asfáltica, Coffee Break e até a Lava Jato, que atinge o PT. “Ninguém vai fugir do debate. Teremos o momento de discutir tudo isso. Acho que o debate tem que ser feito”, concluiu.

Os deputados não levaram para o plenário as discussões sobre as prisões de Edson Giroto (PR) e Delcídio do Amaral (PT), por exemplo. Eles só falaram do assunto nos bastidores, quando questionados pela imprensa. Alguns preferiram nem comentar o assunto.

 

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