André Puccinelli adia depoimento no Gaeco e remarca para esta sexta-feira

Presidente do PMDB depõe nesta quinta

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Presidente do PMDB depõe nesta quinta

O ex-governador André Puccinelli (PMDB), que prestaria depoimento nesta quinta-feira (10) no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), remarcou seu depoimento para esta sexta-feira (11), 9h. Nesta manhã, devem ser ouvidas a ex-vereadora Juliana Zorzo e a presidente do PMDB, Carla Stephanini, 10h30.

Juliana foi a primeira a chegar e declarou não conhecer o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, proprietário da Proteco Construções, que ganhou mais de R$ 250 milhões em contratos somente na segunda gestão de Puccinelli.

Para às 14h, comparece o empresário Carlos Naegele, sócio-diretor do Midiamax. Na sexta, depõe André Puccinelli pela manhã e Cristóvão Silveira, ex-vereador pelo PSDB, à tarde, 14h.

Carla e Silveira ainda não tinham sido citados pelo Gaeco como testemunhas ou investigados. Cristóvão foi parlamentar por cinco mandatos e foi denunciado ao MPF em 2014 por uso ilegal de verba pública e publicidade indevida.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), publicidade do ex-vereador foi impressa nos certificados e apostilas entregues aos alunos que realizaram um curso da Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda de Mato Grosso do Sul, chefiada por Agamenon Rodrigues do Prado, sugerindo que o curso havia sido promovido por ele e não pelo Governo Federal. A Justiça decidiu que houve promoção pessoal por parte do político.

Em 2014, Cristovão contestou a condenação por improbidade administrativa alegando que não sabia que seu nome estava nos materiais, sem sua autorização. Ele confirmou ter sido ligado à ONG, mas negou envolvimento com o recebimento de recurso indevido.

Mesmo considerado oficialmente testemunha, o promotor Marcos Alex Vera, coordenador do Gaeco, diz que Puccinelli é investigado em relação às suspeitas de compra de votos de vereadores para cassar Bernal. O ex-governador foi citado em áudios e no depoimento de um vereador.

Conforme o promotor, o parlamentar ouvido disse ter levado outros dois colegas ao encontro de Puccinelli às vésperas da cassação de Bernal, “garantindo determinada situação”. O prefeito aponta o peemedebista como o grande articulador de sua queda.

O Gaeco investiga, na Operação Coffee Break, se vereadores receberam propina para votar contra Bernal. O prefeito conseguiu voltar ao cargo no mês passado, após a Câmara Municipal perder recurso no TJ (Tribunal de Justiça), fazendo valer liminar de primeira instância devolvendo a Prefeitura ao pepista, considerando irregularidades no processo de cassação.

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