‘A abertura do impeachment se tornou natural’, diz Carlos Marun

“Eu acredito no estabelecimento de uma decisão técnica”, disse 

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

“Eu acredito no estabelecimento de uma decisão técnica”, disse 

“A abertura do impeachment se tornou natural, a partir do posicionamento que o próprio PT tomou no Conselho de Ética”, comentou o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) sobre o posicionamento do Partido dos Trabalhadores que informou votar a favor da abertura de processo contra o presidente da câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“A decisão do PT hoje, fecha a questão pela abertura de cassação do processo contra o Cunha, isso criou uma jurisprudência aqui na casa. Mesmo com indícios ainda não transformados em provas, foi possível abrir um processo de cassação de mandato. Agora, se o Tribunal de Contas recusa as contas do Governo pelas pedaladas acontecidas no ano anterior e com a existência novamente de denúncias graves nas contas, vamos abrir o processo, vamos investigar para ver o que existe de verdade”, disse

Sobre o andamento do processo de impeachment contra a presidente Dilma de poder chegar até a uma votação final, Marun diz que tudo  vai depender de várias circunstâncias. “Vai depender de vários fatores, a pressão das ruas, ela é determinante, a base aqui é determinante. Na verdade eu acredito no estabelecimento de uma decisão técnica, em relação a essas questões, tanto da presidente quanto do presidente. Nós estamos muito vulneráveis a opinião pública, da atuação via mídias sociais, ela influencia muito o voto do plenário”.

A respeito do que isso significa no atual contexto político-social Marun argumentou que: “O principio de tudo foi a pouca credibilidade que a presidente conquistou com sua vitória nas eleições. A vitória não trouxe credibilidade pra a presidente. Eu não antecipo meu voto, vou tentar o máximo possível ser isento”, disse.

Pedido de impeachment

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), decidiu autorizar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Havia sete pedidos na Casa e ele resolveu dar andamento à solicitação feita pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

“Quanto ao pedido mais comentado por vocês proferi a decisão com o acolhimento da denúncia. Ele traz a edição de decretos editados em descumprimento com a lei. Consequentemente mesmo a votação do PLN 5 não supre a irregularidade”, disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara. Hélio Bicudo, autor do pedido, é um dos fundadores do PT e deixou o partido por discordar dos rumos que a legenda tomou.

Conteúdos relacionados

prefeito urt eleições