2016: Lideranças temem eleição ‘de igual para igual’ em Campo Grande

Sem dinheiro e favoritos’, eleição na Capital deve ser a mais disputada 

Acostumados a dar as cartas em Campo Grande, grandes partidos estão preocupados com a dificuldade que terão na eleição de 2016. Eles temem que a igualdade de condições, impostas pela crise financeira e reforma política, que pode sair do papel, interfira diretamente na campanha, embalando a candidatura de pequenos partidos e novas lideranças.

O líder do PMDB na Assembleia, deputado Eduardo Rocha (PMDB), acredita que a campanha será ainda mais difícil do que já foi em 2012. “Não vai ter dinheiro para ninguém. Com isso vai abrir a oportunidade de uma disputa de igual para igual”, avaliou.

A eleição em Campo Grande também desperta interesse por conta da falta de favoritos. Sem grandes nomes, muitos tentam se lançar, apostando em casos como o de Alcides Bernal (PP) e Reinaldo Azambuja (PSDB), que ganharam destaque na eleição de 2012. Bernal venceu a disputa e Azambuja se projetou, para depois ser eleito governador de Mato Grosso do Sul.

Soma-se a dificuldade financeira e de favoritos o fato de PT e PMDB não contarem com grandes lideranças na briga pela prefeitura. Nomes como André Puccinelli (PMDB), Simone Tebet (PMDB), Zeca do PT e Delcídio do Amaral (PT) já avisaram que não serão candidatos.

No PT o nome mais forte até o momento é do deputado Pedro Kemp, que não esconde o desejo de lançar candidatura. Já o PMDB sofre com a indefinição de Marquinhos Trad, que não quer ser candidato pelo partido. Sem Marquinhos, o partido deve lançar Carlos Marun.

A eleição também deve atrair o PSDB, que desta vez contará com a força do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Entre os cotados pelos tucanos estão Rose Modesto e Carlos Alberto de Assis.

A disputa ainda terá o atual prefeito, Gilmar Olarte, que busca um partido que apoie a reeleição dele. Há também outras lideranças que já anunciaram intenção de lançar candidatura: Edson Giroto (PR), Grazielle Machado (PR), Elizeu Dionizio (SD), Flávio César (PTdoB), Mara Caseiro (PTdoB), Mário César (PMDB), Paulo Siufi (PMDB) e Felipe Orro (PDT).