Vereadores querem barrar reajuste e propor 15% de aumento no IPTU
O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), reúne-se com vereadores nesta segunda-feira (20) para levar a proposta de reajuste de 10% a 23% do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O prefeito informou que pretende chegar a um valor após reunião com vereadores, que a princípio, não parecem concordar com a proposta a ser […]
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O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), reúne-se com vereadores nesta segunda-feira (20) para levar a proposta de reajuste de 10% a 23% do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O prefeito informou que pretende chegar a um valor após reunião com vereadores, que a princípio, não parecem concordar com a proposta a ser apresentada.
O vereador Airton Saraiva (DEM) disse que o projeto ainda terá muita discussão antes da aprovação. Ele explicou que entende que há uma defasagem de preço entre o que é cobrado de imposto e quanto vale o imóvel, mas acredita que 23% é muito alto. Para corrigir o problema, ele acredita que os vereadores devem propor um reajuste entre 15% e 17%.
O vereador diz que muitos pagam imposto como se o imóvel valesse R$ 50 mil, quando vale R$ 150 mil. Porém, entende que esta conta não pode chegar para a periferia, onde a situação é mais difícil. “Vamos discutir muito até chegar a um patamar bom para o Município e a população também. Nós não vamos votar se não fizer discussão profunda disso”, declarou.
A vereadora Magali Picarelli (PMDB) concorda com Saraiva e defende um reajuste de 15%. Ela contou que já conversou com alguns vereadores, que também têm dificuldade de aprovar um imposto de 23%. “Tivemos reunião já para falar sobre isso, por que é muito pesado. Vamos propor emenda até que diminua este valor. Tenho muita dificuldade de votar este valor”, explicou.
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) é contra o reajuste do IPTU. Ela defende apenas correção da inflação, como fez o prefeito cassado, Alcides Bernal (PP). A vereadora lembra que o reajuste da gestão de Nelsinho Trad (PMDB) foi bastante criticado na última eleição em Campo Grande, motivando até a derrota do grupo político. Ela promete convocar vários setores da sociedade para fazer uma discussão profunda, mas já adianta que não concorda com reajuste acima da inflação.
“Já temos um sentido inicial de não considerar justa a conta que quer transferir para o contribuinte do IPTU, que pagou suas parcelas. Agora, com cofre vazio, por irresponsabilidade administrativa do governo, vão querer resolver problema com mais arrecadação? Isso não faz bem. O governo tem que aprender a gastar bem o que tem e não irresponsavelmente, como vimos este ano, com contratações sem necessidade”, criticou.
O vereador Paulo Siufi (PMDB) pondera que é preciso fazer uma avaliação objetiva dentro dos dados apresentados pela prefeitura. Ele entende que aos primeiros olhos o valor é alto, mas que também é preciso levar em conta a defasagem. “Não tenho nenhum problema em votar se tiver comprovado que tem que ser este nível de aumento. Mas, vamos discutir, fazer audiência pública, chamar a sociedade e chegar a um valor”, concluiu.
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