Pelas contas do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, o PMDB regional apoia a reeleição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), contrariando o apoio formal da legenda a Eduardo Campos (PSB). Ele participou de encontro nacional do partido na terça-feira (10), em Brasília, no qual o apoio à petista foi colocado em votação.

Segundo disse Puccinelli na manhã desta quarta-feira (11), delegados do PMDB de Mato Grosso do Sul, incluindo ele, próprio, têm direito a um total de 26 votos. O governador conta que apenas os deputados federais Fábio Trad e Geraldo Resende – cada um com direito a três votos – se posicionaram contrários à aliança nacional entre petistas e peemedebistas.

Puccinelli contou, hoje, que o diretório regional foi liberado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, a apoiar qualquer um dos presidenciáveis. A opção oficial do PMDB foi o PSB de Campos.

O governador, no entanto, é dilmista confesso. “Acho que não prejudica a campanha de Nelsinho (Trad, pré-candidato peemedebista ao governo do Estado), porque o povo não confunde eleição nacional com a estadual”, analisa.

Em 2010, lembrou Puccinelli, ele estava alinhado a Geraldo Alckmin (PMDB), o próprio Nelsinho, então prefeito de Campo Grande, apoiou Dilma, e o “Michel lá”, compondo a chapa da petista à Presidência. “Agora quem estava lá veio pra cá e quem estava cá foi pra lá”.

Ainda conforme o chefe do Executivo estadual, o PMDB está acostumado com os discursos instáveis. “O PMDB tenta destruir o PMDB desde sua criação, dizendo que está rachado, que vai acabar, mas hoje é o maior partido do país”.

Maior e com os olhos voltados já para 2018. Puccinelli lembra que o principal projeto do PMDB será lançar candidato próprio à Presidência e, para isso, “vai unir tanto os dissidentes quanto os apoiadores”.