MPE deve ouvir mais pessoas para definir investigação sobre ‘compra de vereadores’
O desembargador não se manifesta sobre o assunto, que corre em sigilo. No MPE-MS, a última informação oficial é de que as investigações do Gaeco devem retornar ao Tribunal de Justiça ‘para análise de pedidos do Ministério Público’.
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O desembargador não se manifesta sobre o assunto, que corre em sigilo. No MPE-MS, a última informação oficial é de que as investigações do Gaeco devem retornar ao Tribunal de Justiça ‘para análise de pedidos do Ministério Público’.
Mais pessoas devem ser ouvidas pelo Ministério Público Estadual antes da decisão sobre o arquivamento das investigações de suposta ‘compra de vereadores’ para votarem pela cassação do ex-prefeito Alcides Bernal ou pelo eventual indiciamento dos envolvidos.
Segundo apurou o Midiamax, representantes do MPE-MS estiveram na quarta-feira (25) reunidos com o desembargador Ruy Celso Florence, que cuida do caso. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul a informação não é confirmada e o desembargador não se manifesta sobre o assunto, que corre em sigilo.
No MPE-MS, a última informação oficial é de que as investigações conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) devem retornar ao Tribunal de Justiça ‘para análise de pedidos do Ministério Público’. Esses pedidos se justificam em casos que envolvem investigados com foro privilegiado.
A procuradoria é que deve opinar pelo arquivamento ou indiciamento. Mas, ao invés de arquivar o procedimento ou solicitar algum tipo de investigação à Justiça, o MPE teria solicitado autorização do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para continuar as investigações nos próximos dias, antes de decidir os encaminhamentos.
A investigação, que é sigilosa, veio à tona em 11 de abril, quando policiais da inteligência do Gaeco foram à casa do prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, que assumiu com a cassação de Bernal. Olarte nega as acusações e disse que colaboraria.
Dias depois, outra equipe foi à Câmara da Capital em dia de sessão e realizou intimação dos três vereadores do PT do B, Otávio Trad, Eduardo Romero e Flávio Cesar, que foram ouvidos como testemunhas.
Neste processo, quatro pessoas chegaram a ser detidas e depois liberadas. Entre elas, dois guardas municipais por porte ilegal de arma de fogo, Ronan Edson Feitosa de Lima, ex-assessor de Olarte enquanto ele ocupava o cargo de vice-prefeito, e Salem Pereira Viera.
As investigações seriam sobre suposta compra de apoio político na Câmara Municipal e envolvem suspeitas sobre um esquema para arrecadar fundos com empréstimos junto a agiotas. O sigilo foi determinado por conta de escutas telefônicas e grampos autorizados pela Justiça para documentar e provar as acusações.
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