Empresa denuncia calote e sumiço no Aquário, que volta a assombrar Puccinelli

Prestadora de serviço também denunciou sumiço de materiais usados na obra

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Prestadora de serviço também denunciou sumiço de materiais usados na obra

Uma empresa da Capital acusa o Governo do Estado de dar um calote de R$ 150 mil por um serviço executado nas obras do Aquário do Pantanal, que hoje ganharam mais R$ 4,5 milhões de suplementação orçamentária, acréscimo publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (24).

A empresa, Tecsan, especializada em montagem de estruturas metálicas e locação de palcos e plataformas de elevação, usou sua página no Facebook para denunciar a falta de pagamento, usando imagens dos serviços prestados para provar a informação.

“Esse serviço foi executado no Aquário e não foi pago ainda. Foi solicitada urgência, funcionário extras, turno adicional devido à pressa da obra. Valor R$ 150000,00 ( cento e cinqüenta mil reais). E a mídia dizendo que não vai sobrar problema pra nova gestão…Alguém mais na mesma situação?”, aponta o post da empresa.

A proprietária da empresa, identificada apenas como Mônica, foi procurada pela reportagem, mas preferiu não comentar os posts. Ainda na publicação no Facebook, a empresa faz outra acusação contra o Governo do Estado, responsável pela obra.

“Na verdade desapareceram de lá 5 torres com 2 metros cada. Material que só poderia ter saído de lá em veículo de carga (…) E esse nem foi o único prejuízo absorvido de órgãos públicos esse ano. O desrespeito ao parceiro e fornecedor em 2014 foi comum em algumas cidades do nosso Estado. Deve ser herança da Campanha eleitoral. Mas esse calote foi o mais triste porque a solicitação de serviço veio da boca de alguém muito importante e a empresa inteira se mobilizou para atender a urgência exigida e conferida pelos olhos do próprio govenador (sic). Impactando na entrega do serviço de outros clientes. Estou me sentindo enojada com a situação”, escreve a responsável pela empresa.

No mesmo dia da publicação da suplementação orçamentária num total de R$ 4,5 milhões, o governador André Puccinelli (PMDB) volta a conviver com problemas na obra que ele considera a mais “emblemática” de seu governo.

O ex-titular da Seop (Secretaria de Estado de Obras Públicas), Edson Giroto (PR), responsável pela execução dos serviços também foi procurado, mas não atendeu a reportagem. O atual secretário de obras, Wilson Cabral, que passou boa parte da manhã em reunião com o governador, afirmou, por meio de sua assessoria, que o governo estadual não possui contrato com a Tecsan, que pode ter sido terceirizada por uma contratada.

A uma semana do fim de seu mandato, Puccinelli já afirmou que não conseguirá concluir e entregar o Aquário do Pantal, e já viu seu sucessor, Reinaldo Azambuja (PSDB), prometer que não irá investir mais dinheiro no local sem uma auditoria técnica na obra.

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